Pequena Flor

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ANASTÁSIA STEELE

—Responda! —Tate diz firme e eu dou um solavanco pelo susto. —Que história é essa de filha? Você tem uma filha?

Levanto meu olhar e penso uma história rápida para negar, mas o rostinho da minha filha vem na minha cabeça, e eu simplesmente não consigo negar. Torço meus dedos de forma nervosa e balanço a cabeça.

—Por Deus! —Tate vocifera. —Você tem o que? 16 anos! E tem uma filha? Quantos anos ela tem, Anastásia?

—Ela vai fazer dois. —Sussurro ainda olhando para o chão.

—Você está brincando comigo! Você foi mãe aos 14?

Balanço a cabeça novamente e fico em silêncio. Até que me lembro de que ela precisa de mim.

—Eu posso sair agora?

—Claro que não! —Tate grita e eu me encolho. —Você não me explicou como isso aconteceu.

—Não me leve a mal Tate, mas eu não quero ter que te explicar a história da cegonha. Minha filha precisa de mim, e eu estou saindo.

Pego meu celular e minha carteira dentro da mala, assim como as chaves do meu carro. Passo por Tate que me olha com raiva, mas isso não importa agora. Eu preciso ver meu bebê. Passo pela recepção correndo e vejo Grace e Christian, mas não dou muita atenção quando eles me chamam, nem quando Tate grita vindo atrás de mim. Saio do hospital e olha em volta até achar meu carro, corro até ele e entro, ligo-o rapidamente e saio de lá indo direto para a casa de Katherine.

Levo menos de trinta minutos para chegar lá. Estaciono meu carro e desço correndo, paro em frente a porta e começo a tocar a campainha. A porta se abre e eu vejo Ethan do outro lado.

—Ana, oi.

—Ethan, minha filha? —Peço impaciente.

—Entra, ela está lá em cima com a minha mãe e a Kate.

—Obrigada. —Falo quando ele me dá espaço para entrar.

Corro para as escadas e depois de subi-las vou até o último quarto. Katherine está para com os braços cruzados em frente a cama, sua mãe (Amélia) está sentada na pontinha, e deitada feito boneca, minha bebê se encontra, encolhida e coberta com uma mantinha rosa.

—Amélia. —Sussurro e ela se vira olhando-me de cima a baixo.

—Por Deus, olha só você. —Ela fala preocupada.

—Eu estou bem. —Murmuro me aproximando e sento do outro lado. —Como ela está?

—Nós não sabemos. O médico a examinou, mas ela simplesmente não acorda, ele falou que pode ser psicológico. —Amélia explica.

—Desde quando ela está assim? —Pergunto alisando os cabelos do meu bebê.

—Desde ontem, por volta das sete. Ela começou a chorar muito, e te chamar. Hoje, quando a Kate chegou, ela ainda chorava muito, e simplesmente parou, quando nós fomos ver ela estava deitada no chão, e não queria acordar de forma alguma.

—Entendo. —Sussurro com a voz embargada. Curvo-me sobre a minha filha e aproximo meus lábios de seu ouvido. —Oi amorzinho... A mamãe já está aqui com você...

—Ela está acordando. —Katherine diz emotiva quando minha filha se remexe e solta alguns gemidos.

—Ei. Acorda preguicinha. —Digo distribuindo beijos por seu rosto e logo vejo um sorriso aparecer. —Abre os olhinhos para a mamãe.

Lentamente Rosa abre os olhos e eu me deparo com os mais lindos olhos azuis acinzentado do mundo. Ela sorri de forma tora e estica os braços enroscando-os no meu pescoço e me puxando para um miniabraço. Sorrio com a ótima sensação que isso me traz. Levanto-me um pouco e trago Rosa comigo, ela me aperta novamente e começa a distribuir beijinhos pelo meu rosto.

Live Your DreamsOnde histórias criam vida. Descubra agora