Melinda era uma garota de poucos amigos, embora levasse consigo a certeza de que tinha ao seu lado somente os verdadeiros amigos.. Sempre muito esforçada, corria atrás dos seus sonhos, jamais esquecendo de ser gentil e nunca perder a fé.. Já que ess...
Recebi do médico uma caderneta de gestante, com as datas e horários de todos pré natais que eu teria de fazer, para fazer o acompanhamento do crescimento do meu bebê. Que loucura! Acordei hoje sem saber quem era esse homem encantador ao meu lado e agora saio do posto de saúde, de mãos dadas com ele e com nossa filho no ventre. Era impossível explicar a minha felicidade, foi realmente um milagre o acidente não ter tirado o bebê de mim. Falando nisso, eu ainda tinha algumas dúvidas em relação ao ocorrido. - Mas então quem era aquele dirigindo a caminhonete? - Perguntei quando entramos no carro e partimos para minha casa, que não precisei lhe indicar o caminho, já que é claro, ele já deveria ter ido lá muitas vezes. - Eu não tenho certeza - Henrique dizia atento a estrada - Mais algo me diz que era Enzo! - Nem me fala esse nome, me dá arrepios! - Falei passando a mão nos braços. Henrique pegou uma de minhas mãos e beijou os nós dos meus dedos e sorriu de lado. Nossa, como aquele sorriso me tranquilizava. Liguei o rádio e estava tocando minha música favorita. - Se importa se eu aumentar? - Perguntei tímida. - De forma alguma baby! - E ele mesmo aumentou e ficamos de mãos dadas curtindo a música.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Rapidamente chegamos na minha casa, Henrique então desligou o carro e ficou me olhando nos olhos, depois acariciou meu rosto. - Você não faz idéia do medo que eu tive em perde-la! - E então ele olhou para minha mão e fechou a cara. - O que houve? - Perguntei preocupada ao ver sua expressão. - Aquele pilantra do seu chefe, sumiu com a sua aliança de noivado! - Ele acariciava o dedo em que ficava a aliança. - Íamos casar? - Fiquei boquiaberta. - Sim! Ainda há tempo de desistir! - Ele falou, porém me olhou apreensivo. - Só peço paciência comigo! Você agora é um completo estranho pra mim! - Abaixei a cabeça triste. Henrique me segurou delicadamente pelo queixo e ergueu minha cabeça. - Eu sei, meu amor! Mas sei que aí dentro em algum lugar aquele amor que sente por mim esta escondido! E eu farei tudo que puder para trazer ele a tona! - E com todo cuidado, como se eu fosse uma peça de cristal, que poderia me quebrar, ele se aproximou e me beijou. Aquele beijo doce, calmo, mais cheio de desejo. - Sei que pode ficar bravo com o que vou dizer - o olhei nos olhos e por mim não deixaria jamais de admirar aquele universo azul, que havia dentro do seu olhar - Mas acredito que nessa história toda, Fernando seja inocente! Henrique simplesmente revirou os olhos e riu. - Falaremos sobre amanhã, agora vá descansar! Você passou por muita coisa! - Como era possível existir um homem tão gentil? - Não vai entrar? - Me peguei perguntando na esperança dele ficar. - Acho que seja melhor, eu te dar um espaço! - Henrique sorriu - Amanhã teremos um grande dia pela frente! - Temos? - O casamento da Luiza com meu irmão esqueceu? - Verdade! Melhor eu descansar então! Antes que eu pudesse descer do carro, Henrique segurou minha mão. O olhei carinhosamente. - Eu te amo! - Ele disse e senti que não era à primeira vez que ouvia aquilo dele, mas como não me lembrava de nada, apenas sorri e sai do carro. Entrei em casa e suspirei. Aquele homem é um sonho, ainda não sonhado, mais já realizado. Mal dei mais um passo e fui recebida por um abraço da minha mãe, que estava com olheiras e olhos inchados de tanto chorar. - Ah minha filha, é tão bem ver que saiu ilesa! - Ela dizia e já começava a chorar de novo. - Calma mãe, estou bem! - Tentei acalma-la. - Eu quase invadi aquele hospital, mas não me deixaram te ver! Sabe como ficou meu pobre coração? - Sua mãe mal dormiu e não quis comer! - Lorena apareceu e também veio me abraçar. - Então para compensar pelo susto que causei, vamos pedir uma pizza! Eu pago! - Falei e todas fomos para a sala, preparamos algumas almofadas no chão, enquanto minha mãe ligou pedindo as pizzas. - Onde está a Ana? - Perguntei olhando ao redor. - Foi para a casa do pai dela! - Lorena me falou, revirando os olhos. - Deve ser horrível ter que viver assim né! Ela deve ficar triste! - Tadinha, pensei em Ana, tão pequena e já tendo que entender a separação dos pais, e ajudar sua mãe com o irmaozinho mais novo. - As vezes parece que ela tem mais idade do que realmente tem! - É uma garotinha muito especial! - Sim, ela é! - Lorena concordou e logo minha mãe veio sentar conosco, enquanto esperávamos a pizza chegar. Aproveitei e contei tudo a elas, do vídeo do acidente que vi, e da suspeita de ter sido Enzo, já que ele tinha fugido antes de conseguirem prendê-lo. Contei também da minha falta de memória em relação a Henrique, mais que eu me sentia muito bem quando estava com ele. Não deixei de lado nenhum detalhe de tudo que aconteceu. - Você é uma moça muito forte! - Minha mãe disse quando terminei de contar os relatos. - Aprendi com a melhor! - Beijei a bochecha dela. A campainha tocou e eu me levantei para atender a porta, provavelmente era o homem da pizza. Abri a porta e dei de cara com um buque de flores e então vi quem as segurava.
