Jonathan não sabia o que estava acontecendo, primeiro pensou que Savannah tinha passado mal durante a noite e sentiu-se culpado por não ter voltado antes. Mas depois percebera que na verdade, ela o estava evitando e não tinha ideia do porquê.
- Savie, amor... Abre essa porta, por favor! - pediu enquanto batia na mesma.
Silêncio total. Mais uma vez ele bateu e insistiu.
- Baby, estou ficando preocupado aqui! Você está passando mal? Vamos conversar, me conte o que está acontecendo meu amor... - suplicou em desespero.
Então ele ouviu o trinco da fechadura se abrir e Savannah apareceu com o rosto vermelho e banhado em lágrimas.
- Não me chame de meu amor, SEU CRETINO FILHO DA MÃE! - terminou gritando, seu peito parecia que iria explodir com a raiva que sentia. Tinha pensado em ignorá-lo até ele perceber que ela não o queria mais, mas sabia que ele teria a cara de pau de continuar insistindo e chamando-a de apelidos que a lembraram de quão traidor ele era.
O rosto de Jonathan se contorceu em pura confusão, por que diabos ela estava falando assim com ele?
- Savie, porque você está falando assim? - tentou se aproximar e ela deu um passo pra trás, abraçando a si mesma. - Me perdoa meu bem, por não ter conseguido chegar antes, não sabia que iria te magoar tanto assim. - disse compreensivo.
Ela o olhou com a boca aberta, não podia acreditar que ele pensava que estaria brava só por causa de um jantar. Seu choro intenso cortou o coração de Jonathan, que no momento, só queria poder abraçá-la e consolá-la, dizer que tudo iria ficar bem.
- Baby, eu... - tentou se aproximar novamente, dessa vez com um pouco de sucesso e a tocou levemente - você está naqueles dias?
Savannah gemeu como se tivesse com dor, na verdade, estava. Seu coração cheio de remendos estava sendo quebrado mais uma vez.
- Não me toque com essas mãos nojentas - falou desesperada - como você pode ser tão descarado assim Jonathan? Chegar aqui como se nada tivesse acontecido e tentar me enganar mais uma vez! - disse tentando limpar as lágrimas, mas sem sucesso. Tudo que queria naquele momento era estar em outro lugar, com outras pessoas, com outra vida, ela nunca fora muito boa em confrontos. - Eu não sei qual é o seu problema, mas eu tenho amor próprio e a mim você não vai enganar mais. Se você queria ficar com outra pessoa era só ter a decência de ter terminado nosso relacionamento antes! EU TÔ CANSADA DE SER TRAÍDA, CANSADA! - gritou a plenos pulmões e o encarou com raiva.
O choque não poderia ter pegado Jonathan mais desprevenido. Ele pensara ter ouvido errado, mas não: Savannah realmente o estava acusando de tê-la traído. Mas, da onde ela tirara tal ideia? - ele se perguntou.
- O quê?! - disse perplexo - Mas que diabos você está falando Savannah? Eu não trai você, de fato eu queria voltar o mais rápido possível pra ficar do seu lado! - exclamou nervoso.
Savannah soltou uma risada quase histérica, era típico essa negação daqueles que traiam, eles juravam de pé junto que nunca faziam aquilo que eram acusados.
- A é mesmo? Então pode me explicar quem é essa mulher... - então tirou o celular do bolso e apertou o play, fazendo com que a ligação gravada na noite anterior tocasse.
Jonathan cruzou os braços, pensando que Savannah tivesse ficado louca ou fosse algum tipo de pegadinha da sua parte, mas assim que ouviu a voz de Ari Tanaka, ficou branco como papel.
Savie interpretou aquela reação como culpa e antes que ele falasse mais alguma merda que ela não estava disposta a ouvir, abriu o álbum de fotos e entregou o celular na mão dele.
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Em Nome do Amor - Livro 1
ChickLitSavannah Scott era uma doce bibliotecária que foi deixada no altar pelo seu noivo Phil. Após ser enganada, Savie foge da cidade se sentindo envergonhada e humilhada. Com o dinheiro da sua lua de mel abre uma pequena livraria no interior do Texas, re...