Capítulo 32

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Giovana estava assustada e confusa. Não conhecia a mulher que estava no quarto e já de cara a detestara. Ela tinha um olhar maligno e perverso, que arrepiou até seu último fio de cabelo. Se arrastou pela cama e chegou na beirada, onde estava sua cadeira.

- Quem é você? E o que quer com a Savie? – Perguntou corajosa. Melissa a encarou, ainda com um sorriso nos lábios.

Se eu te dissesse que isso só iria machucar

Se eu te avisasse que o fogo iria queimar

- Duas inválidas pelo preço de uma? Assim fica fácil demais... – ignorou a pergunta da menina e estalou a língua contra o seu da boca, balançando a cabeça em negação. Savannah se levantou da cama com dificuldade, agora sua cabeça voltara a latejar e ela sentiu-se um pouco tonta.

- Melissa, saia daqui enquanto é tempo...- conseguiu se colocar em pé e teve a ideia de se fingir de cega, afinal, a mulher não sabia que ela acabara de recuperar a visão. – Quando Jonathan chegar, ele não vai te perdoar.

Você andaria nele? Você deixaria eu ir primeiro?

Fazer tudo em nome do amor...

- Ah, por favor, acha que sou estúpida? Ele não vai voltar tão cedo, eu fiz questão de me assegurar disso. – Falou conferindo as unhas – Agora, parece que temos contas a acertar.

- Foi você quem colocou fogo no celeiro? Meu Deus, você é doente. – Falou Savannah com a voz enjoada.

Você me deixaria te guiar mesmo quando for cego

No escuro, no meio da noite

- Sou mesmo? Talvez sim, talvez não. – Se aproximou de Savannah e segurou a raiz dos seus cabelos pela nuca. – A questão é, você não vai viver muito tempo pra poder decidir...

- SAVIE! – Gritou Gio assustada e pondo em marcha sua própria cadeira.

- Me solta, sua LOUCA! – Savannah gritou de dor, quando Melissa puxou seu cabelo com força e a jogou contra a cômoda do outro lado do quarto. Ela bateu com as costas fortemente e tentou recuperar o folego, mas já era tarde.

No silêncio, quando não há ninguém ao seu lado

Você apelaria em nome do amor?

Giovana girava as rodas da sua cadeira furiosamente, estava com medo da mulher, mas o medo de perder Savannah era muito maior que qualquer coisa. Melissa se pôs na frente da garota com um sorriso perverso. Era muita inocência achar que conseguiria deter logo ela, sentada em uma cadeira de rodas.

- O que você acha que vai fazer fofinha? – Falou com uma voz infantil e empurrou Giovana da cadeira sem remorso. A menina caiu no chão, chorando. A roda havia passado de raspão em sua perna, causando um leve ferimento.

- FILHA! – Chamou Savannah desesperada, quando viu a menina caída. Sua fúria se elevou a um nível nunca visto. Seu peito estava descompassado, seu couro cabeludo doía, assim como suas costelas, mas ela nunca se sentiu tão bem em toda sua vida. – MINHA FILHA NÃO, SUA VADIA!

Giovana gritou quando Savannah avançou para cima de Melissa e as duas entraram em uma luta corporal.

- Era pra você estar cega, PORQUE VOCE ESTÁ VENDO? – Melissa gritou desesperada quando Savannah a jogou contra a porta da sacada, fazendo os vidros se espatifarem aos pés das duas.

Em Nome do Amor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora