Capítulo 30

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Jonathan estava impaciente, esperando o delegado chegar. Recebera a ligação naquela manhã, mas o homem queria contar pessoalmente as novidades. Ele decidira não contar nada a Savannah sobre a visita, ela estava tão feliz que a adoção de Giovana estava andando corretamente, que não queria deixa-la nervosa com esse assunto.

- Jon, o delegado chegou. – Falou Berta na porta do seu escritório.

- Pode mandá-lo entrar Berta, obrigado. – Ela saiu e ele se levantou para receber o delegado e lhe deu um aperto de mãos. Carlos também entrou no escritório e fechou a porta. – Savannah? – Perguntou com o olhar dirigido ao capataz.

- Com a menina Giovana na fisioterapia. – Jonathan assentiu com a cabeça e indicou a poltrona em frente à sua mesa para o visitante.

- Vamos direto ao ponto, conseguiu descobrir quem quis matar minha noiva? – Seu maxilar estava travado, ele queria esmagar o culpado com as próprias mãos.

- Conseguimos finalmente obter umas imagens do estacionamento naquele dia, demorou, pois, estava muito escuro. Haviam duas pessoas suspeitas um pouco antes da Savannah sair com o carro, uma delas estava com capuz, o que dificultou ainda mais, mas a outra... – o delegado hesitou e Jonathan lhe deu seu pior olhar, o homem se ajeitou na cadeira e prosseguiu – Só para deixar claro, ainda não é possível saber se ele é o autor do crime ou cúmplice...Ele é um funcionário seu, o tal Heitor.

Jonathan abriu a boca, mas não conseguiu pronunciar nenhuma palavra. Heitor? Ele mandou aquele bastardo ficar com de Savannah e agora por culpa dele sua mulher estava cega! Ele bateu com força na mesa e se levantou, retirando o chapéu e passando a mão impacientemente pelo cabelo. O pior de tudo é que Heitor havia pedido as contas um dia antes da festa, não tinha a menor ideia de onde podia estar.

- Já o encontraram? Ele é meu ex-funcionário, para falar a verdade... pediu demissão um dia antes da festa. Eu vou mata-lo quando o encontrar...- rosnou.

- Agora, uma notícia boa, ele mesmo se entregou hoje de manhã. Se vocês quiserem podem me acompanhar na delegacia, vou tomar o depoimento dele.

Sem perder tempo, os três foram para a delegacia. Jonathan estava em parte tranquilo, ninguém entrava em sua fazenda sem sua permissão e ele tinha muitos peões vigiando Savannah naquele momento. Carlos estava calado observando o patrão, tinha muito medo de acontecer uma tragédia, por isso ele iria acompanhá-lo em todos os lugares por garantia.

Eles chegaram rapidamente e Jonathan já estava por avançar em qualquer um que chegasse perto dele. A raiva o consumia por inteiro, toda vez que ele lembrava que estivera a ponto de perder Savannah pra sempre...

- Você não vai poder entrar Campbell, só assistir dessa sala aqui. Ele não vai saber da sua presença...- explicou o delegado, impedindo-o de entrar na sala de interrogatório. Ele bufou em resposta e seguiu para a outra sala com Carlos e outros policiais.

A sala tinha um vidro escuro no meio da parede, que possibilitava a visão de quem estava vendo interrogado, mas que não dava essa possibilidade as pessoas do outro lado. Ela andava impaciente, de um lado ao outro e Carlos por vezes revirava os olhos. Quando Heitor foi trazido, ele se aproximou do vidro, como se pudesse avançar. Suas veias saltavam, e ele bufava constantemente como um touro enjaulado.

Heitor parecia de ressaca, suas roupas estavam sujas e a barba parecia não ser feita há uma semana. Jonathan nunca vira o peão tão desleixado, bem, pensou que a culpa fazia isso com a pessoa. Seu ex-funcionário então começou a conta sobre aquele dia, de como fora recrutado por sua prima, Melissa, para dar um "susto" em Savannah. Sentia remorso por saber que ela havia cortado os fios do freio de Savie e ele não havia feito nada para impedir.

Em Nome do Amor - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora