Problemas

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No sábado chegámos as 09:00 á empresa que se encontrava vazia por ser fim de semana. A Anne ficou comigo a tratar de alguns papéis e o Markus entrou com o advogado para a sua sala. Passava das 11:00 quando recebo uma chamada do porteiro do meu prédio que tem um casal a querer subir ao meu apartamento á força, digo-lhe que vamos para lá e que ele chame a Polícia. Chamo o Markus e informo-o e ele chama o advogado, o  Mikko e a Hanna, de seguida chamo a Anne e enquanto descemos conto-lhe o que está a acontecer. Ela começa a chorar 

- Eu sabia que eles me iam encontrar.- Diz enquanto soluça. O Miko olha para ela e eu percebo que ele sente qualquer coisa por ela.

- Não te preocupes,- digo-lhe- vamos resolver isto.- Seguimos para o prédio e o porteiro também já chamou a polícia. Assim que entramos no hall do prédio arrepio-me com o aspecto dos 2. Assim que nos vêm chegar o homem vem em direcção á Anne. A minha sorte é que eu já percebo a maior parte do Finlandês

- Filha querida, encontrei-te. -Vejo ela se encolher e faço sinal ao Mikko que se põe á frente da Anne.- Sai da frente, quero abraçar a minha menina.- rosna para o Mikko. A mulher chega perto dela e agarra-lhe no braço com força.

- Até que enfim que te encontrei vadia, tens muito que me explicar.- A Hanna aperta o braço da mulher e obriga-a a largar a Anne e eu abraço-a enquanto o Markus se coloca a nossa frente, protegendo-nos e fala com a voz mais grossa que o normal. 

- Não toquem na Anne, afastem-se.

- Quem é este Anne, outro amante?- diz a mãe dela

- Cale-se.- fala o Markus- O que estão aqui a fazer?

- Viemos buscar a minha menina.- diz o homem com cara de gozo. Ouço as sirenes e o homem começa a querer largar-se do Mikko.- Larga-me, é melhor que o faças. Ela é minha e vai comigo. Onde está o pirralho?- A Anne apenas chora abraçada a mim e fala para mim

- O meu bebé não, eles não o podem ver. Por favor Dra.

- Tem calma, nada vai acontecer.

A Polícia entra no prédio e o Markus vai até eles e identifica-se como patrão da Anne e meu marido, e que sou a proprietária. Explica a situação da tentativa de invasão da minha casa para chegarem á Anne, explicando ainda que ela foi expulsa de casa grávida do padrasto ainda menor, após ter sido violentada por ele durante 4 anos com o conhecimento da mãe. Os 2 berram que é mentira e que foi ela que os chamou ali mas o polícia que ali está consegue ver que é mentira, até porque ela está aterrorizada. como veio um homem e uma mulher, ela dirige-se a Anne.

- Diz-me, o que o teu patrão acabou de contar é verdade?- Eu aperto-a nos meus braços a dar-lhe coragem.

- É sim senhora.- diz com a voz embargada. Os 2 gritam para ela que ela é uma mentirosa e que se vai arrepender do que está a fazer e o Markus pede se podemos subir sem eles pois eu estou grávida e não me posso enervar. Os nossos seguranças ficam com eles até chegar a segunda patrulha que entretanto foi chamada e nós subimos acompanhados da mulher. Assim que entramos o Markus pede autorização á Anne e vai á cozinha buscar a garrafa de água e uns copos para nós. A Anne conta então á agente que subiu connosco tudo, tal como nos contou a nós. Nós confirmamos que essa foi a versão que nos contou quando a contratámos e ainda o Markus acrescente que a Anne, na entrevista estava com medo que isto pudesse acontecer, eles saberem onde ela estava e virem atrás dela. A agente está chocada com a História e pede para chamar os colegas da divisão de Violência doméstica bem como a assistente social uma vez que a Anne era menor á data da ocorrência. A Anne entra em pânico.

- Vão-me tirar o meu filho? Por favor não façam isso... Eu não fiz nada.- a agente sossega-a.

- Claro que não. Até porque tu tens um emprego e casa. E que casa.- diz ela para tentar sossegar a Anne.- Só que eles têm de pagar pelo que te fizeram. Onde está o teu filho?

Paixão em HelsinquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora