Paixão em Helsinquia

Helsinki

Acordei cedo e cheia de energia. Tomei um duche, vesti uns jeans e uma t'shirt, calcei os meus tênis e apos comer um iogurte com fruta apanhei a minha mala e a máquina fotográfica e sai para o meu primeiro passeio nesta cidade... Primeira paragem, Café Lisboa para um expresso. Estava lá uma senhora muito simpática que percebi ser a dona e portuguesa. Depois de ter percebido que eu também sou portuguesa veio sentar-se junto a mim

- Portuguesa? perguntou

- Sim, de Lisboa. Sou a Ana.

-Prazer filha, sou a Alice. Vens a passeio ou a trabalho?

- Prazer D. Alice, venho a trabalho. Vim transferida para cá, cheguei ontem para ficar por uns tempos. 

- Só Alice querida, eu sou Minhota, de Braga e estou cá á 22 anos.

Depois de meia hora de conversa e de alguns conselhos acerca do que devia visitar, e depois de prometer voltar para mais uns dedos de conversa, iniciei o meu passeio.

Andei no Metro, que aqui é á superficie e pelo que percebi o meio de transporte preferêncial aqui, passeei pela catedral de Helsinquia, vi as pequenas lojas de souvenir's e levei uns bonecos para pôr no apartamento e dar um ar mais habitável, tirei muitas fotos e passei no market square. Aqui encontrei uma enorme variedade de artesanato, bem como frutas e legumes. Experimentei um dos cafés e realmente, não há como o café português. Aqui comi uma espécie de pizza com um sumo de frutas e continuei o meu passeio. Sentei-me a apreciar a vista do mar, as gaivotas e assim fiquei por uma hora, só a apreciar os cheiros desta cidade. Já eram 15:00 quando decidi encaminhar-me para o apartamento, afinal, vou aqui por 1 ano, posso ir conhecendo devagar a cidade. 

E assim segui, caminhando em direção ao apartamento que seria a minha casa por 1 ano. 

Quando estava perto de casa, um homem terno falava muito alto ao telemovel enquanto se preparava para atravessar a estrada. De repente vejo uma mota arrancar em direção ao homem. Sem pensar 2 vezes puxei-o pelo casaco em direção ao passeio novamente tendo caido em cima de mim. Durante a queda a minha perna bateu com muita força na esquina do passeio provocando me uma dor muito forte. Com o embate o telemóvel do homem caiu no chão e partiu e a mota que ia atropelá-lo simplesmente fugio. Logo se juntou muita gente á nossa volta e um outro homem de terno veio em direcção ao que ia ser atropelado, falando muito rapido em finlândes. Apesar de eu etr aprendido o básico, não percebi nada do que eles diziam. De repente o homem levantou-se e começou a falar comigo também muito rápido. Em Inglês disse-lhe que falava pouco finlandês pelo que ele começou a falar inglês comigo.

- A senhora está bem? Precisa de alguma coisa? perguntou ele

- Sim, estou... O homem da mota ia apanhá-lo. O senhor esta bem?- Só nesse momento olhei para ele e vi que era um belo homem, alto, encorpado, cabelo loiro e olhos claros. As pessoas á nossa volta recomeçaram a andar e ficamos so nós e o outro homem de terno.

- Sim, obrigado. Precisa de ajuda? diz, ajudando-me a levantar.

- Obrigado, já estou bem. Apanhei os meus sacos e recomecei a andar, apesar de algumas dores na minha perna direita.

- Quer que eu a leve a algum lado? Não quer ir ao hospital? Eu faço questão de levá-la!!!

- Obrigado, mas não é necessário. É apenas magoado e eu moro nesta rua. Respondi eu ao homem e segui o meu caminho até ao meu apartamento.

Quando o porteiro me viu chegar a mancar e com a roupa suja veio ter comigo e ajudou-me a levar os meus sacos até ao meu apartamento, perguntando se estava tudo bem comigo. O senhor, com uns 50 e poucos anos era muito simpático, nem me lembrei de lhe perguntar o nome.

Chegando em casa, coloquei os sacos no balcão da cozinha, tirei uma lasanha, coloquei no forno e após programá-lo fui até ao meu quarto, enchi a banheira e depois de descansar um pouco decidi ir jantar, apesar de serem apenas 18:00. Aproveitei para descansar, uma vez que amanhã teria de me apresentar as 08:00 na empresa para iniciar o meu novo trabalho. Tomei um comprimido para as dores e deitei-me, adormecendo logo de seguida.