Fim de semana

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Ficámos pela piscina interior mais um pouco até a Minna nos chamar para irmos almoçar pois ela tinha posto o almoço na beira da piscina exterior. Quando lá cheguei fiquei com a minha boca aberta. Esta mulher realmente não existe.

 Esta mulher realmente não existe

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Tudo lindo e maravilhoso. Quando estávamos a almoçar um dos seguranças avisou que tinha chegado uma carrinha que vinham montar os baloiços, o Markus explicou ao segurança onde era para colocara as coisas. Durante o almoço a Minna contava que era a primeira vez desde que ali estavam desde que se tinham mudado para esta casa á 8 anos. Por norma o Markus e o Iary utilizavam a piscina, mas nunca tinham sequer passado 1 fim de semana em casa quanto mais a relaxar assim. Mais uma vez ela segurou a minha mão e com lágrimas nos olhos agradeceu eu ter aparecido na vida do Markus e ainda ter trazido alguém para a vida do Iary.

Depois do almoço o Markus foi ver se já tinham montado os baloiços e então veio chamar-nos. Quando lá chegámos o meu queixo caiu. Simplesmente lindo. Para além de ter comprado o baloiço para criança, comprou também cadeiras que ficavam montadas numa pérgola com uma espécie de lareira no meio. Pode este homem ser real? Será que não é apenas um sonho?

 Pode este homem ser real? Será que não é apenas um sonho?

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A Catarina correu logo para o baloiço com a Inês e o Iary atrás dela e o Markus puxou-me para nos sentarmos num dos bancos que tinham montado

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A Catarina correu logo para o baloiço com a Inês e o Iary atrás dela e o Markus puxou-me para nos sentarmos num dos bancos que tinham montado.

- Gostaste enkelini? - perguntou

- Claro que sim... Está lindo... Mas como montaram tudo tão rápido? Em 1 hora ficou tudo montado. 

- Essa foi uma das exigências, então eles trouxeram 2 equipes, 1 para cada baloiço. Mas agora quero falar contigo sobre outro assunto.- diz- O nosso casamento... Queres que seja cá ou em Portugal?

- Por mim pode ser cá. Eu só tenho mesmo a Inês e a Catarina. E tu, como queres?

- Casar contigo hoje mesmo...- diz com um sorriso na cara- Queres um casamento na igreja?

- Podemos casar aqui mesmo, neste jardim.

- Isso é uma otima ideia. E a tua mudança definitiva para Helsinquia?

- Acho que já está feita. Não tenho nada em Portugal a prender-me. E a tua familia? Nunca falaste deles... - digo e ele suspira

- Eu conto-te.- diz olhando para a Catarina que se diverte com a mãe e o Iary- Eu fui um acidente. Os meus pais eram alcoólicos e consumidores de drogas. Quando nasci fiquei 6 meses internado para ser desintoxicado uma vez que ela nunca deixou de consumir enquanto estava grávida. Sempre fizeram questão de dizer que só ficaram comigo pois assim recebiam o subsidio e podiam manter o vicio. Vivi sempre rodeado do vicio deles e das surras que eles me davam, ou por causa da falta das drogas, ou porque estavam pedrados ou porque lhes apetecia, batiam com o que tinham á mão. Quando eu tinha 8 anos uma assistente social foi lá a casa e obrigaram os meus pais a colocar-me na escola, em 2 anos fiz 4 e segui pois eu adorava estudar. Segui sempre sendo agredido tanto em casa como na escola, era sempre colocado de parte. O que me salvou foram os estudos, mas tinha de esconder os livros senão até isso os meus pais vendiam para a droga. Com 14 anos fugi de casa e vivi numa casa abandonada, foi ai que conheci o Iary, ele é mais velho que eu, só nunca gostou da escola. Protegiamo-nos um ao outro. Com 17 anos consegui terminar a escola e ganhei a bolsa de estudos para Helsinquia. Quando disse ao Iary que vinha para Helsinquia ele disse que nada o prendia lá. Viemos para Helsinquia e no dia que chegámos ajudámos a Minna e o resto já te contei. Por isso eu também só tenho o Iary e a Minna.

- Nunca mais soubeste deles?

- Não. E também é me indiferente. Se eles soubessem quem eu sou já me tinham vindo fazer a vida num inferno para lhes dar dinheiro para os vicios.

- E achas que eles não podem aparecer? Afinal o teu nome é conhecido. De certeza já te viram em algum jornal. 

- Sim, mas eles não conhecem o Markus Lehto. O filho deles chamava-se Taneli Mäkinen. Assim que terminei a faculdade fui a um cartório e mudei o meu nome e reneguei o nome deles para que não aparecesse no meu registo. Só não o fiz antes por causa da bolsa.

- A tua vida realmente não foi muito diferente da minha. Tu és filho de viciados e eu de um assassino. E hoje somos quem somos, tu pelo teu suor e eu porque me caiu no colo.

- Não digas isso. Se tu não fosses a pessoa trabalhadora, integra e humilde  que és o sr Fonseca não teria deixado a editora nas tuas mãos. Ele podia ter vendido tudo tu não terias vindo. Ele conhecendo-te é que quis deixar uma parte para ti para o legado dele não morrer. Da mesma maneira que se tu não tivesses ajudado a D. Rita e sempre a tratado bem ela também não te teria deixado nada. Tudo isso são recompensas de pessoas que tu ajudaste.

- Tenho pena a D. Rita já cá não estar para poder ver o meu casamento. Ela iria adorar-te.

E assim ficámos o resto do dia. Combinámos casar daqui a 1 mês aqui nesta casa, a minha irá ficar comigo á mesma e vazia, pode ser utilizada pela Inês quando ela vier a Helsinquia ás reuniões trimestrais. O Markus quer eu me mude para aqui quando a Inês voltar para Lisboa na próxima semana e eu fiquei de lhe dizer esta semana a minha resposta. Mas ele tem duas aliadas de peso, uma vez que a Minna e a Inês se  juntaram a ele para me convencer. Passámos o resto do fim de semana ali a organizar as coisas do casamento. Na próxima semana a Minna e a Inês vão comigo ver do vestido e deixei nas mãos da Minna o resto das coisas. Ela só diz o quanto está feliz pelo casamento, que agora tem mais uma filha. Até mandou ao ar que a Inês e o Iary podiam aproveitar e juntar os trapinhos também deixando-os todos encabulados. Quem ficou feliz com essa ideia foi a Catarina pois assim o Iary seria o seu papá para sempre. No final do domingo o Markus e o Iary foram levar-nos a casa. Preparámos tudo para a segunda e fomos deitar. 

Paixão em HelsinquiaOnde histórias criam vida. Descubra agora