Capítulo 1

13K 501 476
                                    


Pov Camila.

15:45 da tarde.

Eu estava tendo o meu querido sono de beleza. Porque todo mundo precisa de um pouco de beleza, não é mesmo? Quer dizer, não que eu precise, porque eu sou maravilhosa. Mas dormir é muito bom, muito bom mesmo. Aliás, dormir, é a única forma de não esbarrar na idiota da Jauregui, minha vizinha a 7 anos. Ela é extremamente insuportável. Sério, até no Colégio, essa garota me persegue. Eu sei que sou incrível e tudo, mas ela passa dos limites. Vive me pregando peças sem graça. Pensando bem...

Acordei.

Faz um bom tempo que eu não vejo aquela cara-pálida, oque ela deve estar aprontando?

Desci as escadas e fui até a cozinha, peguei uma banana e fui até a pequena varanda da frente. Olhei para a casa de tia Clara, e não vi nenhum movimento. Estranho. Entrei novamente em casa, sentei no sofá e comecei a assistir uns desenhos animados. Passaram-se uma, duas, três horas... e nada de Lauren. Ok, isso já está me assustando. Um cheiro estranho começou a impregnar a casa. Um cheiro não, um fedor. Franzi o nariz, e segui aquele odor. Oh meu Deus. Meu vestido da sorte, meu vestido da sorte, MEU VESTIDO DA SORTE. Cheio de... Oh, não, ela não fez isso.

Peguei-o em minhas mãos, e andei em passos rápidos e firmes, queimando de raiva, em direção a casa daquela filhote de satanás. Bati na porta, furiosamente. Depois de alguns segundos. O diabo em pessoa apareceu. Olhou-me e olhou para o pedaço de pano em minhas mãos, cheio de... merda.

- Oque diabos você fez com meu vestido? - cuspi as palavras em seu rosto.

- Eu? Eu não fiz nada. - falou, com a cara mais cínica do mundo. Idiota.

- Ata, então quer dizer que o meu lindo e maravilhoso vestido, criou pernas, e foi brincar de mergulho em um monte de merda?! - ironizei, e vi ela abafar uma risada entre os lábios.

- Ah, talvez, nunca se sabe! - arqueou uma sobrancelha. A olhei, com um olhar que tenho certeza que ela entendeu o recado. - Ok, talvez... Eu por acaso, tenha pego seu querido vestido para lavar, e confundi a máquina de lavar roupas, com a caixa de areia do Bob. - sorriu.

Bob, o cão da família Jauregui. A única coisa que Lauren faz certo na vida, é cuidar desse animalzinho.

- Eu não acredito que você foi... - fechei o punho com força e lancei-o em direção ao seu rosto. Mas ela segurou minha mão, e sorriu com deboche.

- Veja pelo lado bom, pelo menos você não vai ter que usar essa coisa horrível, que você chama de vestido. - falou, e eu nunca tive tanta certeza do quanto odeio Lauren Jauregui.

- Sua... - sai de lá, e voltei para casa, lhe chamando de todos os nomes ruins existentes no mundo. Quando cheguei em minha porta, olhei em rumo a secretária do diabo. Ela me encarava, com um sorriso de diversão no rosto. Filha de uma mãe.

Pov Lauren.

Tá, talvez eu tenha exagerado. Eu sei que ela ama aquele vestido mais do que tudo na vida. Por que? Por que no seu aniversário de 15 anos, Austin Mahone havia lhe dado de presente, e desde então, ela faz questão de dizer que ele o trás sorte.

Mas eu não exagerei ao chamar aquele pedaço de pano de horrível. Por que era mesmo. Laranja, com detalhes em rosa nas bordas. Colado, mas do que o necessário, até porque é um vestido de um ano atrás. Pequenas plumas ao redor do pescoço, que parecia mais com penas de galinha. E pra piorar, praticamente cintilava no sol.

Eca.

Camila nunca aceitou que ficava horrível nele. Claro que ela fica linda em tudo que ela veste. Não que eu ache ela linda e tal... Mas nem eu e nem o resto do mundo, achava aquele vestido bonito. E pelo bem da nação, eu dei um jeito nele.

Entrei em casa e decidi tomar um banho. Encher aquele vestido de merda deu muito trabalho. Quando a noite chegou, eu resolvi ligar para Vero. E chamei-a para vir aqui em casa. Em menos de 20 minutos, ela chegou.

Como Vero já é acostumada a vir aqui em casa, ela não precisou bater na porta ou tocar a campainha. Ela simplesmente foi entrando. Soltei um sorriso quando a vi entrar em meu quarto, com seus óculos rosa shock.

- Oi Lorenzo. - jogou-se na cama.

- Já te falei pra não me chamar assim. - revirei os olhos.

- Ah, qual é Lorenzo, todo mundo sabe que você gosta de x... - tampei-lhe a boca.

- Não precisa terminar a frase, eu já entendi. - sorri.

- Ok, então quer dizer que você acabou com aquela catástrofe ambulante da Camila? - perguntou, sobre o vestido que contei a ela por telefone.

- Sim, mas acho que ela ainda não percebeu que cortei algumas partes dele. Deve estar com nojo do cocô de Bob. - sorri.

- Eu queria ter visto a cara dela, tipo "meu lindo vestidinho! Socorro!" - fez uma imitação da voz de Camila. Gargalhamos.

- Pare de rir da desgraça dos outros. - repreendi.

- Não sou só eu que estou rindo. - olhou-me.

Conversamos até tarde, e acabou que Vero decidiu dormir aqui. Amanhã passaremos cedo em sua casa, para pegar seus materiais e irmos para escola.

Onde, eu tenho o prazer de sentar ao lado de Camila.



Sooooorry pelo ep super curto >~<

Twitter: @userdemaconha e @qdiabompmorrer

My Green EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora