Capítulo 2

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Abaixei- me para verificar se o homem respirava, para minha sorte, ele ainda estava vivo. Entrei em casa e peguei meu telefone, sem sinal.

Eu não podia deixar o homem ali parado na porta da minha casa, precisava ajuda- lo. A única coisa que pensei foi deixar ele passar a noite aqui e assim que acordasse me contaria o que tinha vindo fazer na minha casa. 

_Assim que acordar você vai me explicar muita coisa. - Falei, mesmo sabendo que ele não ia me escutar. 

Eu preciso tirar essa roupa molhada antes que fique doente. Escutei de novo aquela mesma voz na minha cabeça. Juntei o pouco de força que ainda tinha e o puxei casa a dentro, com muito sacrifício, consegui coloca-lo deitado no sofá e tirar sua blusa encharcada pela chuva, não ousei tirar sua calça.

Reparei nas suas tatuagens por um momento, o que será que elas significavam? Cobri seu corpo com uma coberta e esperei até que acordasse.

Fui até a cozinha e desliguei a boca do fogão que esquentava a água e coloquei o liquido dentro do cup noodles. Encostei de costas no balcão esperando o macarrão cozinhar. Encarei aquele homem deitado em meu sofá, o que será que havia acontecido a ele para estar todo molhado? Balancei minha cabeça me livrando de vários pensamentos. Coloquei o tempero, abri a primeira gaveta a minha direita e peguei um garfo prata, peguei o miojo quente enquanto fechava a gaveta com a bunda e me sentei na mesa.

Enquanto comia, comecei a pensar nas tatuagens. Eram muitas. Eu queria muito pensar que ele é uma pessoa que gosta muito disso, mas algo me diz que estou muito errada.

Ouço um barulho vindo da sala, direcionei meu olhar para o cômodo, não havia mais ninguém no sofá, deixo meu garfo com macarrão cair, a comida quente cai em minha perna e suja minha calça do pijama:

_Droga! – digo levantando e olhando o estrago – Mas que diabos...

_Você é barulhenta. – a mesma voz ecoa pela cozinha.

Me viro de costas e fico a cinco centímetros de meu visitante:

_Não faça um escândalo, essa calça nem é tão bonita.

Fico de boca aberta diante do homem em vinha frente:

_C-como você... Esquece. Quem é você? E por que estava naquela situação.

Ele deu um paço para frente e eu um para trás:

_M-me responda!

Ele revirou os olhos:

_Me chamo Alexander. E eu estava daquele jeito por sua causa.

_Minha? Como poderia, eu nem te conheço.

_Mas eu te conheço. Quem você acha que pulou naquele rio para te salvar?

_Como você sabe sobre isso?

_Por que foi eu quem te salvou. E você quase morrer me fez ter uma punição horrível. Então muito obrigado.

_O que é você? – disse, já não sabendo mais a que ponto toda aquela loucura cegaria.

_Eu sou seu Anjo da Guarda.

Comecei a rir alto, aquilo não fazia o menor sentido:

“Você está rido de mim?”

Sua voz se espalhou pela minha cabeça, mas sua boca sequer se moveu:

_Se você é realmente um anjo, então me mostre suas asas.

_Você não acha que é tão fácil assim, não é? – levantei uma sobrancelha para ele – Por Deus, eu pensava que fosse mais esperta. Mundanos não conseguem ver nossas asas.

_Mundanos?

_Mundanos, humanos, pessoinhas, como queira chamar.

_Tudo bem, mas como explica essas tatuagens? Aposto que um anjo não possui tatuagens.

_Não em nosso copo angelical.

_Fala sério. – disse me cansando.

_Não posso sair por aí mostrando minha marca. Os cavaleiros das Trevas iriam me achar muito rápido.

_Cavaleiro das Trevas?

_Anjos do Mal, que ajudam Lúcifer.

_Tudo bem, agora porque você não sai da mina casa, antes que eu chame a polícia.

_Ela não está acreditado. – disse pensativo.

_Você é surdo? – falei irritada.

_Eu não queria fazer isso. – disse batendo os pés – Mas é o único jeito.

Ele começou a se aproximar de mim:

_O que está fazendo?

Tentei recuar, mas ele me puxou pelo braço e me beijou.

Angelos CustosOnde histórias criam vida. Descubra agora