Capítulo 4

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Já era aproximadamente 20:30 quando sai da biblioteca e fui para o bar que ficava perto de casa beber. Sim, eu havia ido a um bar sozinha, com vários livros nos braços e minha mochila da faculdade.

Comecei a frequentar esse lugar assim que me mudei, minha amiga me apresentou o local e desde então venho pelo menos uma vez na semana beber um pouco sozinha. A atmosfera é agradável e é frequentado por gente da classe baixa, com problemas bem maiores que os meus. O fato de ter escolhido esse lugar como refúgio das minhas frustrações diárias, é que aqui eu fico em paz, esqueço dos meus problemas e ainda tomo uma boa bebida.

_O que vai querer hoje Luna? - Jonh perguntou. Ele trabalha aqui há tempo suficiente para saber o quanto eu sou um fracasso em tudo o que faço.

_O de sempre. - Respondi.

_Sozinha novamente!? - Disse me entregando meu drink. - Sabe, sempre me perguntei o motivo disso.

Bebi um gole demorado da minha bebida antes que responder.

_E eu me pergunto se os funcionários daqui são sempre assim, querendo saber da vida de seus clientes.

Ele me fitou por alguns segundos antes de ir atender outro cliente.

Já tinha terminado com meu drink quando John apareceu com outro na minha frente com outro drink um pouco mais forte do que costumo beber.

_Não pedi isso.- Disse.

_Aquele cara ali mandou entregar.- Ele apontou pro cara e deu de ombros.

Olhei para onde John tinha apontado, era meu novo professor. O que será que ele quer comigo? Lorenzo percebeu meu olhar sobre ele, levantou e caminhou até minha mesa.

_Não esperava ver uma de minhas alunas em um lugar como esse. - Falou assim que se aproximou. - Posso me sentar?

_Eu também não esperava ver um professor meu por aqui. - Respondi pegando meus livros. - Já estou de saída, fica pra próxima. - Coloquei minha bolsa nas costas e dei alguns passos antes que sua voz penetrasse meus ouvidos.

_Eu costumo frequentar lugares como esse. - Lorenzo parou na minha frente impedindo que eu continuasse a andar. - Não vai aceitar a bebida?

_Desculpe, mas e realmente preciso ir.

_Espere.

Ele pegou em meu pulso de repente, me assustei com seu movimento repentino, o olhei de cima a baixo. Olhando para mim ele me soltou e então voltei meu braço para atrás de meu corpo:

_Não deixe isso ficar estranho Sr. Castellan. – disse uma voz atrás de mim.

Me vire para ver quem era o dono dessa voz. Alexander se colocou ao meu lado:

_Não é assim que se trata uma dama. – concluiu.

_Não sabia que haviam namorado. – disse Sr. Castellan, mais sério do que deveria soar.

_Ele não é meu namorado. – me virei para Alexander – Por favor, vamos embora. – coloquei minhas mãos sobre seu peito.

Ele desceu minhas mãos e segurou uma:

_Não pensei que vou deixar você relar de novo nela. Não sei o que veio fazer aqui, mas eu vou impedi-lo.

E então saio daquele lugar me arrastando.

[...]

_Então o que achou? – disse me jogando no sofá.

Ele pegou um papel e jogou sobre meu colo. Peguei aquela folha, era uma foto, uma foto minha:

_O que isso tem a ver? – perguntei.

_Preste atenção nos detalhes. – ele parecia sem paciência – Consegue ver o quadro a cima do aparador?

_O que tem?

_Do lado está escrito algo. Foi um pouco difícil para ler, porém eu consegui. – revirei meus olhos, ele realmente estava se achando por isso? – Está escrito em latim Hoc est immiscuerit. Quod lapis non est tabula in qua testimonium. – ele ficou me olhando.

_Eu não falo latim. – falei começando a me irritar.

_Eu sei. E precisamos melhor essa parte. – respirei fundo, será que eu iria para o inferno por matar meu anjo da guarda? – Está escrito isto é apenas um disfarce. A pedra está aonde mapa está a indicar. E sim, você irá queimar no inferno se fizer isso.

_Espera, você quer dizer quem existe um mapa.

_Sim. E ele está em sua antiga casa, espero que saiba o caminho de casa.

_Tudo bem – disse me levantando – Nós só precisamos de dinheiro para o voo. Então – olhei para o calendário na parede – Quem sabe daqui a vinte anos eu consiga o dinheiro necessário.

_Deixe isso comigo.

_O que vai fazer? Roubar um banco? – ele deu de ombros – Tudo bem, eu não quero saber.

_É melhor você ir tomar um banho, está com um cheiro forte.

Fiz uma careta para ele:

_Ei espera. – disse me lembrando de algo – Porque falou daquele jeito com meu professor? Parecia até que se conheciam

Angelos CustosOnde histórias criam vida. Descubra agora