Capítulo 10

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_Como vou fazer isso? Não consigo ver - Disse.

_Da mesma forma que você fez com as sombras da noite. Luna você é mais poderosa do que pensa, use seus outros sentidos. Eu confio em você.

Fechei os olhos e mentalizei o lugar em que estava. O barulho do vento que entrava pela janela, os 'passos de Alexander se afastando de mim e sombra do meu alvo que se aproxima aos poucos.

Estiquei meu braço para frente do meu corpo, com a mão direita puxei a corda e uma flecha apareceu. Fechei um olho para poder mirar melhor e atirei. A flecha bateu no batente da porta e caiu no chão.

Comecei a ouvir sons de passos se aproximando, porém não via nada. Foi então que fui atingida no braço. O sangue começou a escorrer e a dor foi ficando insuportável. Rasguei minha blusa e amarrei o pano no braço para estancar o sangue.

Peguei o arco do chão e atirei para todos os lados sem se importar se atingiria algo ou não.

Corri para a frente de casa onde o barulho de coisas sendo quebradas era mais alto. Alguns vizinhos olhavam tentando entender o que uma pessoa que nunca foi vista por aqui estava fazendo. Alexander usava uma arma estranha e se esquivava dos golpes com muita facilidade.

Passou pela minha cabeça, quantas vezes ele já tinha lutado para salvar uma mortal de tal forma que seu corpo humano estava todo ferido.

O sangue em seu rosto, logo a baixo dos olhos escorria com muita facilidade. Seus braços estavam cheios de arranhões e vermelhos, suas roupas estava só os fiapos. O que quer que seja o ser que estamos lutando é mais forte do que eu imaginava.

Tomei coragem e sai do quarto a procura da criatura, Alec já havia levado ele para outro lugar. Segui pelo corredor andando cuidadosamente, sem fazer nem um barulho. Chegando perto da sala ouço um estrondoso barulho que me faz cambalear. Recuperei minha postura e me coloquei em guarda, segurando bem apertado o arco. Ouço um grito vi do do outro lado da parede, tudo em que penso é que Alec pode estar ferido, saio correndo até a sala e me deparo com um cachorro, mas com certeza não era um cão normal, ele havia uns dois metros de altura, seus pelos e olhos eram totalmente pretos, havia uma coleira vermelha de corou em volta de seu pescoço e sua boca espumava de raiva. Alexander estava caído na parede, mas rapidamente se levantou, suas roupas estavam sujas e rasgadas, seu cabelo todo bagunçado e sua pele coberta de sangue.

Ele deferi um golpe no pescoço do cão gigante, este não se rendeu e com a pata direita jogou Alec para o outro lado da sala, seu corpo bateu na lareira a quebrando por completo.

Chega! Preciso fazer algo antes que Alec morra:

_Hey totó!! - gritei para o cachorro.

O cão virou rapidamente e me encarou com fúria nos olhos:

_Tá na hora de ser castrado!

Atirei uma flecha em sua perda traseira direita. O cachorro gritou de dor, mas mesmo mancando ele começou a correr em minha direção, corri para onde Alec estava se levantando, porem fui jogada no chão, meu braço começou a doer com o impacto:

_O atrase para mim. - disse Alexander.

Mirei outra flecha no cão que estava avançando em minha direção, a soltei e sua ponto acertou diretamente o olho esquerdo do bicho, que escorregou pela sala e bateu na parede ao meu lado, porém não tive tempo de correr, o cachorro logo se levantou e prendeu seus olhos em mim, ele rosnou, golpeie sua cabeça com o arco, o cão apenas rosnou mais auto:

_Tudo bem, talvez tenha cida uma má ideia.

Em um segundo o cachorro cravou seus dentes em meu ombro e braço direito, gritei de dor. O cachorro me soltou chorando, olhei para cima e vi Alec em cima do bicho, como ele ainda conseguia lutar nessas condições?

Ele cravou sua lamina na cabeça do bicho, virei meus rosto para não olhar a cena, aquilo era muito forte para mim. Houve um baque no chão e então Alec se aproximou de mim:

_Você foi mordida. Droga!

_Está tudo bem, eu já fui mordida por um cão antes.

_Você não entende, é um cão do inferno. Eu deveria saber que eles colocaria um cão de guarda.

_O que está falando?

_Sua mordida contém mercurio supernatat, Luna isso é veneno.

Porem a última palavra anunciada parecia um sussurro em meus ouvidos e então tudo se apagou.

Angelos CustosOnde histórias criam vida. Descubra agora