_Não morra, Luna. Eu preciso de você. - escutei um sussurro.
Senti meu corpo estranho. Braços estavam em volta do meu corpo e segurava- me com certa preocupação, como se eu fosse fugir.
_Onde estou? - Perguntei sem abrir meus olhos.
_Em uma casa antiga no campo. Tivemos que fugir depois que você foi mordida.
Abri meus olhos devagar, tudo estava escuro e não conseguir ver nada. Eu estava sentada entre as pernas de Alexander e minhas costas em seu peito.
_O que houve? - Coloquei uma mão sobre meu ombro e desci até o local da mordida. Senti que estava com uma faixa sobre o ferimento.
_Para uma mortal, aquele veneno é mortal. As marcas dos dentes sumiram, eu tive que cortar sua carne para poder chupar o veneno. Só um ser celeste poderia cura- la.
_Você fez o que? - Perguntei incrédula.
Ajeitei- me ficando de frente para ele para poder olhar em seus olhos.
_Eu chupei seu braço. - Um sorriso travesso saiu de seus lábios. - Tive uma boa intenção.
_O quadro? - Perguntei mudando de assunto antes que Alexander levasse pro lado mundano.
_Não se preocupe, eu o peguei enquanto saia da casa. Infelizmente a casa foi destruída.
_Ah. - disse, mesmo não ligando para o lugar, eu ainda tinha lembranças de lá. - E achou alguma coisa?
_É claro.
_E vai me contar?
_Você quer saber? - disse se fazendo de desentendido.
_Não quase morri a toa.
_Bem, atrás do quadro havia alguns números e letras. 45 26 13 N 12 19 57 E.
_São coordenadas. - falei em descoberta.
_Exato. 45°26′13″ N 12°19′57″ E.
_E para onde leva?
_Segundo a mágica e poderosa internet, descobri que estas são as coordenadas de Veneza.
_Itália?
_Vejo que não faltou as aulas de geografia.
_Como vamos chegar até lá, não tenho dinheiro para duas passagens.
_Quantas vezes eu tenho que dizer para não se preocupar? Eu vou dar meu geito.
_Eu até queria te responder, mas estou muito fraca para ser arrogante.
_Luna, você salvou minha vida.
_Hey, você salvou a minha. Talvez - disse bocejando - Eu to te devendo uma. - disse encostando minha cabeça em seu ombro.
_Luna.
_Fica quieto pelo menos dessa vez. - disse fechando meus olhos e caindo em um sono profundo.
[...]
_Luna? - ouço uma voz me chamando, abro meus olho e vejo Alec em minha frente, sentado na mesma cama que eu?
_Onde estamos? - digo me espreguiçando.
_Em um hotel, você dormiu bastante, já são seis e meia da noite, achei que você iria querer comer alguma coisa.
_Você vai fazer alguma coisa para eu comer?
_Não seja ridícula. Voi te levar para comer fora.
_Pensei que anjos eram mais românticos. - disse me levantando da cama
_Não confunda as coisas.
_Nem se eu tivesse sonhando ainda. - disse piscando para ele e indo direto para o banheiro, porém me detive na porta. - Eu não trouxe roupa de sair.
Ele me entrega uma caixa de presente:
_Não confunda as coisas.
_Eu estou começando a achar que você é que está confuso. - disse pegando a caixa de sua mão.
Após um banho bem demorado saio do chuveiro, vou direto ao espelho e olho meu machucado, havia uma cicatriz enorme, porém não doía mais, acho que Alexander fez um ótimo trabalho. Pego a toalha e começo a me enxogar, olho para o vestido preto que Alec havia me comprado e acabo de lembrar de uma coisa. Me enrolo na toalha pego a peça de roupa e sai do banheiro.
Alexander que estava sentado na cama lendo um livro me olha espantado:
_O que está fazendo? - pergunta, ele parecia prestes a ter um ataque de pânico.
_Eu esqueci minha calcinha. - digo vasculhando a bolsa até achar uma, tiro a calcinha vermelha de lá.
_Você não podia ter vestido o vestido e depois colocar?
_Eu não pensei nisso.
_Você alguma vez já pensou?
_Hmm, não. - digo enquanto coloco minha calcinha, sem tirar a toalha do corpo.
_Você está louca. - diz voltando sua atenção para o livro.
Mostro a língua para ele e tiro a toalha, pego o vestido e o coloco:
_Hey senhor, por favor poderia fechar meu zíper? - digo a ele.
Alexander se levanta furiosamente, se aproxima de mim e me vira de costas para ele, Alec começa a subir o zíper lentamente:
_Não continue com isso okay.
_Continuar?
_Isso nunca poderá dar certo. - diz fechando completamente o vestido.
Ele sai de perto de mim como um raio. Tiro meus cabelos de dentro da roupa e me viro para a porta, Alec já havia aberto ela:
_Pronta?
Pego meu perfume e passo pelo corpo, caminho até ele:
_Como estou? - pergunto.
_Perfeita.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Angelos Custos
FantasiLuna é uma mulher de 22 anos, que com todos seus esforços conseguiu chegar ao último de design de moda. Órfã dês de seus cinco anos, morou com sua tia até atingir sua maioridade e fugir para Nova York, em busca de um futuro melhor. Tudo corria bem...