Capítulo 11

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_Não morra, Luna. Eu preciso de você. - escutei um sussurro.

Senti meu corpo estranho. Braços estavam em volta do meu corpo e segurava- me com certa preocupação, como se eu fosse fugir.

_Onde estou? - Perguntei sem abrir meus olhos.

_Em uma casa antiga no campo. Tivemos que fugir depois que você foi mordida.

Abri meus olhos devagar, tudo estava escuro e não conseguir ver nada. Eu estava sentada entre as pernas de Alexander e minhas costas em seu peito.

_O que houve? - Coloquei uma mão sobre meu ombro e desci até o local da mordida. Senti que estava com uma faixa sobre o ferimento.

_Para uma mortal, aquele veneno é mortal. As marcas dos dentes sumiram, eu tive que cortar sua carne para poder chupar o veneno. Só um ser celeste poderia cura- la.

_Você fez o que? - Perguntei incrédula.

Ajeitei- me ficando de frente para ele para poder olhar em seus olhos.

_Eu chupei seu braço. - Um sorriso travesso saiu de seus lábios. - Tive uma boa intenção.

_O quadro? - Perguntei mudando de assunto antes que Alexander levasse pro lado mundano.

 _Não se preocupe, eu o peguei enquanto saia da casa. Infelizmente a casa foi destruída.

 _Ah. - disse, mesmo não ligando para o lugar, eu ainda tinha lembranças de lá. - E achou alguma coisa? 

 _É claro.

 _E vai me contar?

 _Você quer saber? - disse se fazendo de desentendido.

 _Não quase morri a toa.

 _Bem, atrás do quadro havia alguns números e letras. 45 26 13 N 12 19 57 E.

 _São coordenadas. - falei em descoberta.

 _Exato. 45°26′13″ N  12°19′57″ E.

 _E para onde leva?

 _Segundo a mágica e poderosa internet, descobri que estas são as coordenadas de Veneza.

 _Itália?

 _Vejo que não faltou as aulas de geografia.

_Como vamos chegar até lá, não tenho dinheiro para duas passagens.

 _Quantas vezes eu tenho que dizer para não se preocupar? Eu vou dar meu geito.

 _Eu até queria te responder, mas estou muito fraca para ser arrogante.

 _Luna, você salvou minha vida.

 _Hey, você salvou a minha. Talvez - disse bocejando - Eu to te devendo uma. - disse encostando minha cabeça em seu ombro.

_Luna.

 _Fica quieto pelo menos dessa vez. - disse fechando meus olhos e caindo em um sono profundo.

 [...]

 _Luna? - ouço uma voz me chamando, abro meus olho e vejo Alec em minha frente, sentado na mesma cama que eu?

 _Onde estamos? - digo me espreguiçando.

 _Em um hotel, você dormiu bastante, já são seis e meia da noite, achei que você iria querer comer alguma coisa.

 _Você vai fazer alguma coisa para eu comer?

 _Não seja ridícula. Voi te levar para comer fora.

 _Pensei que anjos eram mais românticos. - disse me levantando da cama

 _Não confunda as coisas.

_Nem se eu tivesse sonhando ainda. - disse piscando para ele e indo direto para o banheiro, porém me detive na porta. - Eu não trouxe roupa de sair.

 Ele me entrega uma caixa de presente:

 _Não confunda as coisas.

 _Eu estou começando a achar que você é que está confuso. - disse pegando a caixa de sua mão.

 Após um banho bem demorado saio do chuveiro, vou direto ao espelho e olho meu machucado, havia uma cicatriz enorme, porém não doía mais, acho que Alexander fez um ótimo trabalho. Pego a toalha e começo a me enxogar, olho para o vestido preto que Alec havia me comprado e acabo de lembrar de uma coisa. Me enrolo na toalha pego a peça de roupa e sai do banheiro.

 Alexander que estava sentado na cama lendo um livro me olha espantado:

 _O que está fazendo? - pergunta, ele parecia prestes a ter um ataque de pânico.

 _Eu esqueci minha calcinha. - digo vasculhando a bolsa até achar uma, tiro a calcinha vermelha de lá.

_Você não podia ter vestido o vestido e depois colocar?

 _Eu não pensei nisso.

 _Você alguma vez já pensou?

 _Hmm, não. - digo enquanto coloco minha calcinha, sem tirar a toalha do corpo.

 _Você está louca. - diz voltando sua atenção para o livro.

 Mostro a língua para ele e tiro a toalha, pego o vestido e o coloco:

 _Hey senhor, por favor poderia fechar meu zíper? - digo a ele.

 Alexander se levanta furiosamente, se aproxima de mim e me vira de costas para ele, Alec começa a subir o zíper lentamente:

  _Não continue com isso okay.

_Continuar?

_Isso nunca poderá dar certo. - diz fechando completamente o vestido.

Ele sai de perto de mim como um raio. Tiro meus cabelos de dentro da roupa e me viro para a porta, Alec já havia aberto ela:

_Pronta?

Pego meu perfume e passo pelo corpo, caminho até ele:

_Como estou? - pergunto.

_Perfeita.

Angelos CustosOnde histórias criam vida. Descubra agora