Capítulo 30

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Criei coragem e sai de perto dos meninos. Já estava noite e o vento gelado batia em minhas pernas dando leves arrepios. Avistei uma construção no centro dos vários túmulos que havia ali. Comecei a percorrer o caminho até a construção enquanto olhava os nomes nas lápides.


Cada passo que eu dava parecia que mais longe eu estava de encontrar o que procurava. Parecia que algo me puxava de volta e eu não conseguia sair do lugar.


Olhei em volta,vi  um túmulo  aberto e dentro dele saiu um homem usando um terno velho.


Dei alguns passos para trás de susto.


Dedici ignorar o homem que poderia ser um espírito. Peguei a foto e observei bem cada detalhe, estava perto da construção.


_Ei moça, espera.


 Fingir não ter escutado e continuei caminhando, até que um gato apareceu na minha frente impedindo minha passagem.


_Seu gato malvado, você me assustou.


_Desculpe, não era minha intenção.


_Você falou comigo? Como isso é possível.


_Ele e as outras criaturas que vivem aqui obedecem falam e obedecem meus comandos.- Disse batendo sua bengala no chão, o gato desapareceu.


O homem que aparentava ter uns 45 anos ficou esperando uma resposta, só que nada saiu da minha boa.


_Quem é você?


_Eu sou Luna Duarte e o senhor?


_Eu sou o guardião das almas. - Disse com um sorriso. - Pensei que você estivesse morrido no rio, mas estranhei o fato de que sua essência angelical não tenha chegado até mim.


O guardião começou a caminhar obrigando- me a lhe seguir.


_Quando eu morrer, minha alma vai vim parar aqui?


_Sim, assim como a de seu pai.


_Eu vim ver a alma de meu pai. Eu preciso pegar algo que ele deixou.


O homem virou- se para mim e bateu sua bengala no chão com certa força.


_Você não pode simplesmente entrar aqui e ver uma alma, não é assim que as coisas por aqui funcionam. 

Angelos CustosOnde histórias criam vida. Descubra agora