O sol estava nascendo bem de vagar, a cidade ainda se encontrava escura, a não ser pelos poucos carros que passavam apressados para mais um dia de trabalho. Eu andava por um caminho desconhecido, parecia que um ima estava me puxando para um lugar qualquer. Olhei para minhas roupas e percebi que ainda estava vestida com meu pijama. Tentei parar de andar. Minhas pernas não obedeceram meus comandos. Tentei mais uma vez e nada, eu não conseguia controlar meu corpo.
Quando fui me dar conta, já estava parada em frente ao portão de um cemitério. Não um cemitério comum onde as pessoas vão visitar seus antepassados e sim um abandonado por anos. O portão de ferro está todo enferrujado e quebrado, a placa onde um dia esteve escrito o nome do cemitério foi pichado uma frase " Coemeterio angelorum desertorum insignius excellebat ".
Senti um arrepio em meu braço. Olhei para trás e não havia ninguém._É apenas o vento. - Falei baixo. - somente o vento.
Adentrei o cemitério temendo.
Meu vestido voava com o vento frio que passava por ele, eu estava arrepiada de frio mas algo me impedia de parar de andar.
De repente começo a correr, olho para trás uma sombra me seguia, segui em direção reta, correndo cada vez mais rápido, avisto um morro não muito alto a minha frente, seguro a barra da frente do vestido e subo com dificuldade, meus sapatos escorregavam na grama.
Paro ao ver um túmulo em minha frente, bem ao centro do morro, olho para trás, não havia mais nada me seguindo. Me ajoelho ao lado da lápide, ofegante, jogo alguns fios de cabelo que atrapalhavam minha visão para trás, repiro fundo e me concentro no que estava em minha frente. Não consegui entender o que estava escrito, parecia uma língua que não haviam descoberto ainda, mas tenho certeza de que consegui ler o nome do falecido:
_Raziel. - digo em voz alta.
_Esse é seu pai, não é?
A voz me surpreendeu, olhei para trás em um relâmpago.
Acordei assustada. Me sentei na cama com o coração acelerado:
_É o nome de seu pai, não é?
Levo outro susto com a mesma voz que eu ouvira em meu sonho. Sem pensar muito, soco o ar, na direção de onde a voz vinha, mas o que eu não esperava é que meu punho encontraria algo alí.
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Angelos Custos
FantasyLuna é uma mulher de 22 anos, que com todos seus esforços conseguiu chegar ao último de design de moda. Órfã dês de seus cinco anos, morou com sua tia até atingir sua maioridade e fugir para Nova York, em busca de um futuro melhor. Tudo corria bem...