Capítulo 7

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Arrumar a mala de viajem sempre foi muito complicado para mim. Nem quando eu resolvi fugir foi tão difícil como está sendo agora. Talvez seja o fato de que eu irei voltar para a minha antiga cidade.
 
_Você ainda não colocou nada na mala. - Disse Alexander entrando em meu quarto.
 
Sentei- me na cama e apoiei meus cotovelos no joelho, escondendo meu rosto entre minhas mãos.
 
_Eu não sei o que levar. - Digo frustrada. 
 
_Deixa que eu resolvo isso pra você. 
 
Nem tive tempo de contestar, Alexander já estava abrindo as portas do meu guarda roupa e colocando sobre a cama alguns vestidos, saias, blusas de calor e de manga de frio e minhas calças. Depois abriu as gavetas onde estavam minhas roupas intimas. Ele me olhou e deu um sorriso de lado. 
 
_Não acha que está faltando pano nisso aqui? - Alexander ergueu uma calcinha branca fio dental. 
 
Eu não sabia que estava com raiva ou envergonhada pelo ocorrido. Levantei- me da cama e caminhei até ela a passos rápidos. Tirei minha calcinha de sua mão e joguei de volta na gaveta. Alexander rio da minha cara.
 
_Obrigada pela ajuda, pode deixar que eu termino. 
 
_Eu faço questão de te ajudar, Luna. 
 
_Pegue meus sapatos. - Ordenei. - Estão ali. - Apontei. 
 
Conheço Alexander a pouco tempo, por mais que ele fala que sempre esteve ao meu lado e que teve que pagar por eu ter tentado me matar, eu sinto que antes era diferente. Eu nunca soube do passado da minha família e ainda não sei muito bem, mas sinto que com Alexander eu vou descobrir tudo e ainda ajudar sabe- se lá quem. É como se ele tivesse aparecido para me guiar até meu destino, um destino incerto que eu terei que enfrentar independentemente das consequências.

 _Alec, sobre o acorrido de ontem a noite, eu queria que soubesse que eu sinto muito mesmo.

 _Okay, desculpada, agora porfavor não toque mais nesse assunto.

 _Por que você se torna tão insensível quando eu falo sobre...

 Ele se aproximou de mim tão rápido que fiquei com medo de terminar a frase:

 _É por exatamente ao contrário, agora com um corpo humano eu sinto coisas que eu não poderia, como dor. E eu não gosto de me sentir indefeso. - disse saindo de perto de mim e indo a direção do guarda-roupas.

_Eu passei minha vida toda assim, não é tão ruim.

_Não me faça ter pena de você, e a propósito eu não estou sendo insensível - ele me olhou antes de abri a porta o objeto - Eu estou sendo arrogante - e então abriu a porta.

 Comecei a andar até ele:

 _Você vai para de ser ridiculo ou eu vou ter...

 _Não dê mais um passo! - ordenou Alexander, me fasendo parar no meio do quarto.

 _O que foi?

 _Saia daqui agora!

 _Alga coisa te mordeu para voce agir tão estranho assim?

 Então de repente algo pula de dentro do guarda-roupas e avança em Alec. Caio para trás de susto equanto ele brigava com aquela, sombra?

Angelos CustosOnde histórias criam vida. Descubra agora