Capítulo 9

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_Já pode abrir os olhos. - Alexander falou fazendo- me despertar. - Seja bem vinda de volta a Canton sua cidade natal. 
 
Dei uma rápida olhada em volta. Realmente, aquele negócio funciona muito bem. 
 
_Nós estamos em Gervasi Vineyard meu Deus. - Falei animada. - eu preciso visitar a adega. 
 
_Luna não temos tempo para isso. 
 
_Compramos só um e vamos embora. Por favor. 
 
_Tudo bem. 
 
Puxei Alec até a entrada da adega e fomos recebidos por um dos funcionários do local, compramos o vinho e pegamos o caminho que leva até a minha antiga casa.
 
A cidade mudou muito desde a ultima vez em que estive aqui, minha mãe havia acabado de falecer, só vim por causa do enterro e depois voltei para a minha cidade. A casa que ela morava foi passada para o meu nome ainda quando morava- mos juntas, varias pessoas quiseram compra- lá, mas eu não vendi. A casa é a única coisa que restou de meus pais e não quero me desfazer dela.
 
_Você está muito pensativa. O que houve?
 
_Estou apreciando o gosto do vinho na minha boca.
 
Alec parou de andar e ficou na minha frente, colocou a mão em meus olhos e olhou nos meus olhos.
 
_Não tente mentir para mim, Luna. Sei que tudo isso é difícil para você, voltar para sua antiga casa depois que você fugiu e ainda para descobrir sobre seu pai. Sei que não é fácil, sei também que você é forte e vai conseguir passar por tudo isso... Chegamos.

 Olho para a casa abandonada, eu devia ter cuidado melhor dela, talvez se eu soubesse que viria aqui algum dia teria contratado uma faxineira:

 _Acho que uma faxineira não daria conta dessa zona. - disse Alexander avançando quital a dentro.

 O segui, atenta em pisar na onde ele pisava, estava com medo de pisar, quem sabe, e algo morto?

 Paramos a frente da porta principal:

 _Quer fazer as honras? - pergunto a ele.

 _Com certeza não, vai em frente.

 Respirei fundo e coloquei minha mão sobre a maçaneta, a girei de vagar e então a empurrei para que pudesse abri-la, porém esta cai para frente em um estrondo que ecoou por toda a residencia, uma poeira subiu e meu nariz começou a coçar:

 _Fez um ótimo trabalho. - falou entrando na casa.

 Apenas fiz o mesmo sem dizer nada, percorri o cômodo que deveria ser a sala de estar, porem só havia caixas empoeiradas e ratos mortos, segui até o corredor, na onde Alexander estava:

 _Achei. - disse comemorando com o quadro na mão.

 _E então? - pergunto ansiosa.

 Alec abre a boca para responder, porém o barulho que veio do quarto mais próximo o interrompeu. Ele fez um sinal para que eu ficasse calada e me entregou o quadro e tirou uma adaga de sabe se lá onde, então avançou com cuidado até o quarto, o segui tentando fazer o mínimo de barulho possível. Alexander adentrou o quarto, fiz o mesmo, porém o cômodo parecia vazio, ao menos pelo fato de uma corrente gigantesca estar jogada no chão:

 _Tenho certeza que isso não é nosso - digo.

 Alexander se abaixou e pegou a corrente para examiná-la:

 _Está quebrada.

 _Quer dizer que algo escapou?

 _Não alguma coisa qualquer, algo muito, muito grande escapou. Precisamos sair daqui rápido! - disse se levantando e aproximando de mim, um barulho mais forte veio de algum lugar da casa que fez o chão tremer. - sabe usar alguma arma?

 _Já fiz algumas aulas de arco e flecha, mas já faz tempo.

 _Tudo bem.

 Então um arco surgiu em suas mãos:

 _Isto é uma arco mágico, apenas puxe a corda e a flecha aparecerá. - ele me entregou, peguei aquilo um pouco desajeitada - Pense como se fosse uma aula, só que com um alvo muito grande que pode te matar.

Angelos CustosOnde histórias criam vida. Descubra agora