Capitulo 23

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HANNA: O que você quer?

GABRIEL: Eu acho você tão linda. Vamos ter que estabelecer novas regras.

HANNA: O que isso significa?

GABRIEL: Nós despertamos a suspeita da minha mãe. Eu a conheço muito bem, ela tem um olhar penetrante.

HANNA: Não somos mais adolescentes, Gabriel.

GABRIEL: Eu gosto da ideia de novas regras. Eu quero continuar esse jogo com você. Você não gosta?

HANNA: Está ficando complicado...

GABRIEL: É por isso que eu quero rever nossos limites.


Gabriel me lança um olhar completamente hipnotizante. As bordas dos seus lábios mudam para um sorriso suave.


GABRIEL: Olhe para mim, e diga honestamente... Você não gostou das nossas primeiras experiências?

HANNA: É perigoso, Gabriel.

GABRIEL: Por isso é que é tão interessante...

HANNA: Deixe-me pensar sobre isso.


Gabriel dá um sorriso satisfeito, eu penso no que ele acabou de dizer... Ryan vem à minha mente, que estranho.


GABRIEL: Eu quero começar de novo. Eu quero ir além... Está me acompanhando?

HANNA: Acho que sim.

GABRIEL: Eu quero que você me peça.

HANNA: O quê?

GABRIEL: Tomar as iniciativas. Você não quer? Eu posso ajudá-la no inicio.


A proposta de Gabriel me surpreende, mas... Eu sinto, que no fundo, eu gosto disso. Eu o observo enquanto jantamos.


GABRIEL: Qual a parte do corpo você mais gosta?

HANNA: Do seu corpo?

GABRIEL: Por exemplo, sim.

HANNA: Suas mãos.


Gabriel dá um sorriso gentil, ele coloca a mão sobre a minha e começa acariciá-la suavemente com o polegar.


GABRIEL: Me pergunte.

HANNA: O quê?

GABRIEL: Qual a parte do seu corpo eu prefiro.

HANNA: Diga.

GABRIEL: Seus olhos. Porque eles me dizem o que você não ousa dizer.


Eu olho para baixo e sorrio timidamente. As caricias dos seus dedos na palma da minha mão despertam algo dentro de mim. Eu acaricio o seu pé com o meu, delicadamente.

Gabriel olha para mim, nossos olhos se encontram, sinto uma química entre nós.


GABRIEL: Continue...é exactamente assim. Eu quero que você tome a iniciativa.


Meus olhos se perdem nos de Gabriel. Minha cabeça fica leve, minha mente está distante.


GABRIEL: Não pare.

MARK: Boa noite, senhorita Hanna.


Ao ouvir essa voz, eu engulo seco e me arrumo na cadeira, com as costas rectas.


GABRIEL: Ah...Boa noite Mark... Que surpresa!


Espero que o Mark não tenha percebido nada...

Eu olho para o Mark, ele está olhando fixamente para mim, sem mostrar qualquer emoção. Ele parece em transe.


MARK: Espero que esteja tudo bem. O projecto está progredindo?

GABRIEL: Sim, estamos fazendo uma pausa. Voltaremos para a empresa depois do jantar.

HANNA: O que você está fazendo aqui Mark? O Ryan está com você?


Eu gaguejo, a chegada de Mark me deixou nervosa. Gabriel fica sério, ele percebeu.


MARK: O senhor Carter é accionista deste restaurante. Eu sempre o trago aqui. Até breve! Será que ele percebeu algo entre mim e o Gabriel? Que vergonha...


GABRIEL: Ryan é um dos accionistas daqui... Eu esqueci completamente disso.


Gabriel pega minha mão novamente, mas o clima mudou um pouco. Perdi meu entusiasmo.


GABRIEL: Tem algo incomodando você?

HANNA: Ele é o braço direito do nosso cliente, Gabriel...

GABRIEL: E aí? Vamos tocar o terror.

HANNA: Melhor não, nem aqui, nem agora.

GABRIEL: Há algo acontecendo entre você e o Ryan?

HANNA: Claro que não.

GABRIEL: Certo...

HANNA: Vamos terminar o jantar...


Eu olho para Mark, que não está me olhando. Também olho para Gabriel, ele me encara de maneira estranha.


GABRIEL: Vou pedir a conta. Tenho que ir.

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