Capitulo 106

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Eu volto para o espaço aberto da empresa, então, me aproximo de Gabriel.


HANNA: Gabriel, me espere... Porque você não disse nada durante a reunião?

GABRIEL: Eu não tinha nada a dizer. Por mais que eu não goste de Ryan, essa decisão me deixou atordoado. Mas nós não temos escolha, não depende mais de mim.


Eu olho para Gabriel, com certa tristeza.


GABRIEL: Eu sei o que você está pensando. Ás vezes, precisamos tomar esse tipo de decisão. Eu não quero que a empresa vá à falência, e também não quero que você saia daqui.


Minhas bochechas ficam quentes, e vermelhas.


GABRIEL: É isso que eu penso.


Gabriel volta ao seu escritório, eu penso um pouco e vou atrás dele.

Gabriel olha para mim, ele me olha surpreso. Ele cerra os lábios e respira fundo.


GABRIEL: Posso lhe fazer uma pergunta, Hanna?

HANNA: Sim, claro, sou toda ouvidos, Gabriel.

GABRIEL: Eu sei que você esteve no hospital com Ryan... Porquê?


Eu explico a ele que Caroline me ligou naquela noite.


GABRIEL: Sério?


Gabriel esfrega o queixo, pensativo.


GABRIEL: Eu tenho a impressão de que foi tudo minuciosamente planeado. Precisamos agir...


Eu dou com os ombros, perdida. Gabriel se aproxima de mim.


GABRIEL: O império Ryan Carter caiu, não podemos mais contar com ele, caso contrário, ele vai nos levar para baixo.


Gabriel fica parado, na minha frente, ele dá um sorriso malicioso e eu franzo a testa.


GABRIEL: Hanna... Eu quero você ao meu lado, precisamos salvar a empresa. Eu quero que você tome o lugar da minha mãe aqui.

HANNA: É muito o que exige de mim...

GABRIEL: Você não precisa responder agora, só estou pedindo para você pensar sobre isso.


O telefone começa a tocar, Gabriel se afasta e vai até sua mesa para atender. Ele sorri para mim, então, ele cobre o telefone com a mão e me diz discretamente que nos falamos mais tarde.

O sol está se pondo, o céu está uma mistura de tons laranja e amarelo. Minha cabeça está inundada com pensamentos e duvidas.

Tenho vontade de fugir, para muito longe. Há uma imagem de Ryan que não sai da minha mente, com a criança no Centro. Tudo está muito confuso.

Me sinto impotente no meio de tudo isso. Eu deveria falar com Ryan, alertá-lo, tenho medo das coisas piorarem. Já está quase na hora de ir para casa.

Já é noite quando eu solto minha bolsa no chão de casa, os dias estão ficando cada vez mais curtos. Eu cochilo por alguns minutos na cama...

Acordo assustada, com o telefone tocando.


«Ligação ON»

RYAN: Hanna, venha aqui o quanto antes.

«Ligação OFF»


A chamada é finalizada imediatamente, a voz de Ryan estava muito estranha.

Eu pego minhas coisas e saio pela porta. Chego em frente à casa de Ryan rapidamente. Uso o código que Mark me deu para abrir a porta.

Procuro por Ryan em todos os cantos... Eu o encontro na biblioteca, sentado no chão.


HANNA: Ryan, você está me ouvindo?

RYAN: Sim, estou. Eu tomei os remédios... isso está acabando comigo.


Ryan tenta se levantar, ele se apoia na cadeira, mas está sem forças. Eu o ajudo a se equilibrar.

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