Capitulo 69

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Alguns médicos chegam no quarto de Ryan, eles se posicionam ao redor da cama dele e pedem para sairmos imediatamente.

Um médico me tira do quarto, eu olho uma última vez para Ryan, ele está imóvel.

Mais tarde, eu volto ao seu quarto, com autorização dos médicos. Eu sento em uma cadeira ao lado da cama e olho para Ryan, adormecido. Estou muito triste.

Após alguns minutos, Ryan finalmente abre os olhos e olha para mim.


RYAN: Você ainda está aqui?

HANNA: Como você se sente?


Ryan respira com dificuldade, seu rosto está pálido. Ele tenta sentar-se na cama, eu olho para ele, preocupada.


RYAN: Estou bem melhor.

HANNA: O que há de errado com você?

RYAN: É muito stresse. Nada sério. Terei alta, amanhã.

HANNA: Você realmente me assustou.

RYAN: Você não precisava estar aqui.

HANNA: Porque Caroline me pediu para vir?

RYAN: Eu não sei. Vá para casa agora, eu não quero que você fique aqui me olhando. Mark chamará um táxi.


Eu levanto da cadeira sem dizer nada, meu olhar não esconde minha preocupação. Ryan me olha.

Eu me viro em direcção à saída, mas Ryan segura a manga da minha jaqueta. Eu me viro, seus olhos me encaram.


RYAN: Nenhuma palavra! Sobre o que aconteceu hoje à noite... Ninguém pode saber disso.

HANNA: Eu prometo, Ryan.

RYAN: Eu confio em você. Deixe-me sozinho agora.


Já estou deitada na minha cama à várias horas. Estou tentando dormir, mas estou muito ansiosa para conseguir pegar no sono.

Estou preocupada com Ryan, ele parecia tão cansado. Tenho a impressão de que não é apenas crise de stresse.

Eu não entendo porque Caroline pediu para eu ir lá. Não faz sentido... a menos que tenha sido um pedido de Ryan. Tudo isso me deixa intrigada, devo estar deixando de perceber alguma coisa.

Algumas reacções, tanto de Mark quanto de Caroline e Ryan, deixaram uma sombra de dúvidas sobre isso. Sei que eles estão escondendo alguma coisa, gostaria de saber o que é...

No dia seguinte, ao chegar à empresa, encontro com Gabriel no elevador. Ele me pede para ir até o seu escritório.


GABRIEL: Eu gostaria de algumas explicações. Eu não estou bravo, só estou preocupado. Você saiu sem dizer nada... faltou ao trabalho ontem. O que está acontecendo?

HANNA: Eu não estava me sentindo bem.


Gabriel me olha com uma expressão duvidosa, ele fica em silêncio por alguns segundos.


GABRIEL: É por causa da minha mãe?

HANNA: Não é apenas isso, mas confesso que contribuiu...


Gabriel chega um pouco mais perto de mim e coloca uma mão em meu ombro, ele me convida a sentar no sofá.

Nós dois sentamos, ele coloca uma mão em minha coxa e olha em meus olhos.


GABRIEL: Quero que você me diga se houver algo errado. Precisamos apoiar um ao outro. Eu sei que minha mãe pode ser inconveniente, é o jeito dela.

HANNA: Eu não quero mais falar sobre isso...

GABRIEL: Sim, eu entendo, mas queria que você soubesse disso.


Gabriel coloca a mão em meu rosto e acaricia minha pele com a ponta do polegar.

GABRIEL: Você poderia ter tirado mais um dia. Para descansar... Eu sinto que algo não está bem. Me avise se precisar ir para casa...

HANNA: Temos muito trabalho por aqui.

GABRIEL: Nossa saúde é mais importante do que o trabalho.


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