Capitulo 68

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Depois de Matt sair do meu escritório, me sinto perdida. Eu olho em volta, então, me levanto e vou para casa, mesmo sem avisar Gabriel.

Final de tarde, estou na cama, triste e perdida. Penso sobre os últimos dias. Várias imagens se misturam na minha cabeça. Lembro de estar com Ryan no terraço, beijando-o. Depois, lembro da história de Gabriel, aquele cenário maravilhoso no meio da noite. Samanta vem em minha mente.

Lembro do seu dedo apontado para mim, sua raiva e suas palavras ásperas. Penso em tudo o que o Matt me disse.

Porquê? O que está acontecendo? Tudo está tão confuso. Continuo deitada na cama, com os olhos fixos na janela. A luz do sol diminui lentamente, fica avermelhada e desaparece. A noite chega, e eu pego no sono.

No dia seguinte, acordo assustada com meu telefone tocando, em algum lugar do apartamento.

Eu pulo da cama, como se esperasse o pior, procuro o telefone em todos os cantos. Ah, aqui está ele! Eu olho para a tela, esfrego meus olhos sonolentos. Caroline está me ligando.


«Ligação ON»

CAROLINE: Hanna, Ryan está no hospital.

HANNA: Como assim? O que aconteceu?

CAROLINE: Venha assim que puder.

«Ligação OFF


Caroline desliga, ela parecia em pânico. Minhas mãos estão tremendo, eu não sei o que pensar.

Troco de roupas o mais rápido possivel, jogo algumas coisas na bolsa e saio.

Chego ao quarto onde Ryan está, ele está dormindo. Caroline está aqui com Mark, eu sussurro para eles.


HANNA: O que aconteceu Mark?

MARK: Ele estava no terraço, e desmaiou de repente.

HANNA: Me diga o que está acontecendo...

CAROLINE: Ele trabalha demais, está exausto.

HANNA: Caroline... Ele tem sérias crises de tosse...

CAROLINE: Os médicos não deram muitos detalhes. É benigno.


Eu olho para Ryan dormindo na cama do hospital, Caroline e Mark parecem preocupados. Eu não digo mais nada.

O tempo passa. Eu aviso Gabriel que ficarei ausente hoje, não quero me afastar de Ryan.

A noite chega, Caroline foi embora há uma hora, Mark acabou de sair para comer alguma coisa, e eu continuo olhando para ele.

Eu pulo da cadeira quando ouço Ryan se movendo na cama, ele abre os olhos.


RYAN: Hanna... O que você está fazendo aqui.


A voz de Ryan está fraca, vê-lo neste estado me aterroriza. Eu olho para ele, preocupada.


RYAN: Me dê sua mão.


Eu me levanto e me aproximo dele. Seu olhar está fixo em mim, ele acaricia minha mão com ternura, eu tento sorrir para ele.


HANNA: O que há com você, Ryan? E não minta para mim...

RYAN: Estou trabalhando demais. Eu durmo pouco e trabalho muito.

HANNA: E essa tosse, essa febre, o que está acontecendo?

RYAN: Não é nada. Apenas sinais de cansaço.


Ryan me olha fixamente, eu olho para ele em silêncio, seus dedos acariciam a minha mão.


RYAN: Porque você veio?

HANNA: Eu fiquei preocupada.

RYAN: Eu disse para você parar de se preocupar.

HANNA: Pare de agir assim, Ryan...


Ryan desvia o olhar, ele começa a tossir. Eu olho para ele, preocupada, a tosse piora.


HANNA: Ryan?

RYAN: Chame o Mark...


A crise de Ryan fica cada vez mais forte. Seu rosto fica vermelho, quase roxo.


HANNA: MARK!


Mark entra na sala e aperta rapidamente o botão de emergência. Eu olho para Ryan, fico em pânico.

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