🌸 Capítulo 18 🌸

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Voltei para casa um caco. Como ele não me contou que ia embora? Também, o que iria mudar? Nada! Enquanto dirigia, as lágrimas rolavam sobre meu rosto. Uma angústia tomou conta de mim. Eu já sabia que ele era especial, que estava apaixonada por ele. Mas não a esse ponto. Só de imaginar que talvez, eu não o veja nunca mais, me doi o peito. Não queria perdê-lo. Mesmo o tendo apenas como amigo.

Cheguei á casa, com uma dor de cabeça horrível.

---- Oi filha!

---- Oi! Respondi cabisbaixa, bebendo um copo d'água.

----- Como foi lá?

----- Por que não me disse que ele iria embora?! Eu o encarei.

----- Ele disse que iria te contar. Como você está?

----- Eu não sei. Eu estou sei lá. Angustiada! Eu aceitei pai, eu reconheci o amor que tenho por ele. Mas não sabia que era tanto assim. Está doendo tanto, tanto Pai. Eu chorei.

---- Calma filha! Calma! Deus sabe de todas as coisas. Peça a ele para que acalme o seu coração. Ele sabe o que faz.

---- Eu sei.

---- Está com a cara aberta por que Alana? A minha mãe apareceu perguntando.

---- Nada! Eu limpei o rosto.

---- Vou dar uma geral, aqui na casa, para ver se me distraio.

---- Ok. Vai ficar tudo bem. Ele beijou minha testa e eu assenti.

Entrei no meu quarto e olhei uma foto nossa no sítio, que revelei a uns dias atrás. Me ajoelhei no chão, e começei a chorar.

"Pai, eu sei que podes me ouvir. Sei que conhece os meus pensamentos, sentimentos e emoções. Sei que pode cuidar de cada um deles. Por favor, me dê sabedoria e acalma o meu coração por favor. "

Arrumei a casa toda, só faltava a cozinha. me distraí um pouco. Mas foi só parar para beber um copo d' água que ele me veio sm mente. Lembrei do dia em que nos conhecemos. Pensei tão alto e estava tão distante que deixei o copo cair e se espatifar no chão.

---- Alana, olha aí. Pelo o amor de Deus. Sai daí.

---- Desculpa mãe! Eu limpo tudo. Eu me abaixei e começei a catar os cacos. Depois de limpar minha cabeça parecia que ia explodir.

---- Mãe, quando for umas 13:40, me acorda por favor. Vou deitar um pouco.

---- Ok. Ela assentiu.

Era 11:50. Resolvi deitar um pouco, quem sabe dormindo, eu me tranquilize mais. Acordei com o meu pai falando na sala. Dei um pulo da cama e corri para sala.

---- Que horas são?

---- 14:05 filha. Por que?

---- Ai não! Eu falei calçei a sandália as pressas.

---- O que foi filha? Meu pai perguntou.

---- Tenho que me despedir do Lucas. Foi a única coisa que respondi. Peguei a chave do carro e saí correndo.

Não esperei nem o elevador, desci pelas escadas correndo, entrei no carro e saí cantando pneu.

Logo hoje, plena sexta- feira o trânsito resolveu ingarrafar. Estava horrível. A rodoviária ainda era afastada da minha casa.

Me ajuda meu Deus por favor. Eu pedi em pensamento.

Assim que o trânsito deu uma amenizada, pisei no acelerador e corri a caminho da rodoviária. Olhei no relógio era 14:20. Assim que olhei a hora, me lembrei que havia esquecido o celular. Isso não pode ficar pior. Pensei.

Segui o caminho pedindo a Deus para que desse gudi certo. Estacionei o carro de qualquer jeito, confesso. Corri para dentro da rodoviária a procura dele. Meus olhos percorriam cada canto daquela rodoviária, e meu coração acelerava quando pensava na hipótese dele já ter ido. E então o vi de longe. Estava já subindo no ônibus.

---- Lucas! Lucas! Lucas. Eu gritava, atraindo olhares de todos que passsava no meio.

---- Lucas! Eu parei e o chamei cansada de tanto correr.

---- Alana? Ele se virou para mim e eu pulei nos braços dele. Não consegui segurar e começei a chorar. Enquanto ele me abraçava forte e com carinho.

---- Pensei que não vinha! Que tinha zangado comigo.

---- Eu me atrasei. Desculpa.

---- Bom, eu tenho que ir. Obrigada por tudo.

---- Lucas. Eu o fitei intensamente.

---- Sim Alana!

---- Promete, que não vai esquecer de mim?

---- Prometo! É impossível esquecer você.

---- Vai com Deus.

---- Fica com ele também! Me da um último abraço?

---- Aham! Eu o abraçei novamente e ele me deu um beijo carinhoso na testa.

---- Isso é para você? Ele tirou da mochila um ramo de rosas vermelhas.

---- Obrigada! São lindas! Eu sorri.

---- Alana, me promete uma coisa. Promete que não vai esperar por mim.

---- Deus vai estar no controle Lucas. Eu assenti.

---- Se cuida Alana!

---- Se cuida Lucas!

Voltei para casa receosa. Eu não conseguia entender. Por que dele precisar ir embora?! Durante o caminho, dirigia e olhava para o ramo de flores no banco ao lado e me lembrava de cada momento junto com ele. Ele realmente vai fazer muita falta!

Será amor?!Onde histórias criam vida. Descubra agora