Será amor?!

🌸 Capítulo 22 🌸

A minha mãe estava vendo coisas de trabalho com uma amiga. Já era 22:40 e nada dela. Durante esse tempo, a Valentina tomou banho, jantou. Estava tão caidinha que logo dormiu. Só então eu parei e jantei. Ainda estava muito abatida com tudo que aconteceu.

--- E aí filha? Como você está?

--- Acho que melhorando.

--- Para resolver coisas do interro, tive que saber informações da Lúcia. Fui até o endereço que você falou. Achei uma bolsa com documentos. Estão aqui. Ele me entregou alguns papéis.

---- Valentina Machado Borais. Nasceu em 20 de agosto 2013.

---- Borais? Esse nome é um nome conhecido.

---- Pois é! Queria saber por que elas tiveram que morar na rua. Mas nem deu tempo de descobrir.

---- Ah, filha, não fica assim! Deus sabe de todas as coisas.

---- Será que eu vou dar conta Pai?

---- Claro que vai! E sem falar que pode contar comigo.

---- Obrigada!

---- Boa noite! Minha mãe entrou na sala.

---- Boa noite! Meu pai respondeu.

---- Que cara é essa Alana?

---- É uma longa história. Eu respondi.

---- Deixa que eu converso com sua mãe. Pode ir e descansar.

---- Ta bem! Boa noite!

---- Boa noite!

Entrei no quarto, passei pela minha estante e meu celular estava vibrando. Meu coração disparou assim que vi o nome: Lucas. Respirei fundo e atendi.

💭 Alô!

💭 Oi, Alana!?

💭 Oi Lucas.

💭 Tudo bem? Estou te achando com uma voz diferente.

💭 Não muito!

Ficamos um bom tempo conversando no Telefone. Contei tim tim por tim tim do que havia acontecido. Me deu uma saudade dele, quando ouvi sua voz. Se ele estivesse aqui, as coisas seriam menos difícieis. Termimei de falar com ele e fui dormir. Tive que tomar um calmante, pois minha cabeça parecia que ia explodir. Só então consegui.

Sábado 08:30

Acordei cedo, fiz o café. Logo começei a me arrumar para o enterro. Pensei e repensei e decidi não levar a Valentina. Não se faria bem para ela. Fomos apenas eu e o meu pai. A Valentina ficou em casa com a minha mãe. Por incrível que pareça, ela gostou da ideia de cuidarmos dela.

Voltei para casa, ela estava acordada já. Estava no sofá vendo desenho.

---- Tia Alana! Ela me abraçou e a segurei no colo.

---- Onde você foi?

---- Eu tive que sair pequena.

---- Ta, mas não me deixa sozinha. Gosto de ficar com você! Ela deitou no meu ombro.

---- Pode deixar. Eu a abraçei. Você já comeu?

---- Não! Estava te esperando. A minha mãe respondeu.

---- Então vamos comer né mocinha.

---- Não estou com fome. Ela falou desanimada.

---- Olha, se você comer, eu te levo para passear.

---- Ta bom. Ela assentiu mais ainda desanimada.

Tonamos um banho, almoçamos, depois de um tempo a arrumei e fui Até a Praça com ela. No quarteirão mesmo.

Ela brincava no balanço, até que veio até mim e se sentou no banco do meu lado.

---- Tia, posso te perguntar uma coisa?

---- Claro, meu amor.

---- Por que Jesus levou minha mamãe embora?

---- Ah, eu eu não sei meu amor. Mas sei que Ele sabe te todas as coisas. Tudo tem uma razão.

---- Espero que ela esteja bem.

---- Está sim meu amor. Eu a abraçei.

Brinquei com ela um tempo lá, e depois voltamos para casa. Dei um banho nela e ela dormiu. Enquanto ela dormia eu olhava para ela. Como Deus é bom. Se naquele dia eu não entrasse naquela rua, ou até mesmo não fosse ao culto... Talvez nunca iria conhecê-la. Ela estaria sozinha agora... Aaa meu Deus, obrigada por teu infinito amor e misericórdia. Me guie e me oriente pelo caminho certo. Esteja no controle. E me dê sabedoria para cuidar da Valentina como se fosse minha filha. Afinal agora ela é!

Me levantei, fui até a minha escrivania e me sentei. Começei a ler a bíblia. A primeira página que abri sem querer, foi em 1 coríntios 13 e o versículo 7 chamou minha atenção.

" O amor, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

No mesmo instante me lembrei do Lucas... Olhei para as flores no vaso. Ainda estavam intactas, nenhuma delas havia murchado, pelo contrário estavam ainda perfumadas e brilhantes. Senti o cheiro delas e mais uma vez ouvi o espírito santo dizer: Apenas confie em mim!

Se assim que você quer, eu obedeço Senhor. Me dê paciência para esperar o seu tempo e acalma o meu coração.