🌸 Capítulo 27 🌸

1.1K 144 22
                                    

No dia seguinte, acordei com uma dor de cabeça terrível. Sempre tive enxaqueca, problema de vista. Usei até óculos, pois tinha muita dor de cabeça. Passou por um tempo, mas agora voltou tudo de novo. Me levantei, fui até a escrivania li a bíblia, fiz minha oração e começei a arrumar a casa. Hoje teria culto, e vai começar mais cedo.  Tenho que adiantar, para não me atrasar. Dei uma faxina na casa, e em seguida me joguei no sofá exausta.

O dia passou rápido. Num piscar de olhos já era 17:00 e tinha de estar na igreja às 18:30.

Começei a arrumar a Valentina a pondo para o banho e então a campainha tocou. Meu Pai estava no banho no banheiro do quarto e mamãe não estava em casa. Nem olhei no olho mágico e logo abri a porta de tão apressada que estava.

--- Oi, posso entra? O Pedro perguntou sorrindo.

--- Poder pode! Mas eu estou a mil me arrumando para ir para igreja.

--- Ah sim. Eu também vou. Vim só dar um oi e um abraço na Valentina.

--- Ela está no banho. Eu respondi.

--- Ah, uma pena! Mas nos vemos a noite Então. Ele falou saindo.

--- Ok! Até mais! Eu sorri.

--- Até!

Fechei a porta e voltei a correria. Deixei a Valentina pronta para adiantar. E fiquei por último. Tomei um banho rápido, vesti um vestido branco e um salto. Fiz uns cachos rápidos no cabelo. Passei um batom nude e um rímel e pronto. Nunca fui muito fã de maquiagem. No máximo um batom e um rímel que não pode falar de jeito nenhum.

Meu pai entrou no quarto todo atrapalhado com a gravata.

---- Ai Alana, minha filha me socorre aqui. Ele bufou e largou como se tivesse desistido.

---- Calma Pai! Calma! É só fazer assim, por aqui e pronto. Eu falei e Ajeitei a gravata.

---- Você é incrível! Ele me deu um beijo na testa.

---- E oh, está linda! Ele falou sorrindo e saiu do quarto!

Peguei minha bolsa, a bíblia e o celular e saímos. Sempre que vamos para igreja eu e meu pai. Parecemos dois desconhecidos. Ele sempre prefere ir no carro dele, poos meu pai ama dirigir. Eu também não posso reclamar pois amo também.

Coloquei o cinto na Valentina, entrei e dei partida no carro.

Chegamos à igreja e cumprimentei as pessoas que ia encontrando. Algumas ainda não conheciam a Valentina e perguntavam. Eu apenas dizia que era minha filha do coração e todos a cumprimentavam com um abraço carinhoso.

O culto começou as 19:00 em ponto. A primeira música que tocou foi uma das minhas prediletas.

"Então vem me incendiar, meu coração é o teu altar. Quero ouvir o som do céu, tua glória contemplar."

Deus se fazia tão presente entre nós... E como eu amava sentir sua presença.

O culto seguiu com outros louvores e antes da pregação a Valentina me implorou para ir ao banheiro. Mesmo não querendo sair dali, a levei até lá. Após ir ao banheiro, lavou a mão e saiu correndo gritando que chegaria primeiro. A chamei, mas ela já estava longe. A Igreja era bem grande e estava bem cheia, o que me deixou preucupada. Fiquei com medo dela se perder. Saí depressa do banheiro, olhando em volta a procura dela. E quando me virei, esbarrei em alguém.

---- Desculpa, eu não. Eu quase tive um infarto quando vi quem era. Eu não estava acreditando no que meus olhos estavam vendo. Era ele! Era o Lucas. Na minha frente, Meu Deus, será que eu estou vendo coisas?! Cheguei a pensar por um instante.

Ficamos nos olhando por um tempo, seus olhos castanho claro fitava os meus, que deviam estar muito brilhantes.

---- Lucas! Eu falei quase sem voz, ainda sem acreditar que ele estava ali na minha frente.

---- Oi Alana! Ele sorriu de lado.

Mas eu ainda estava tão surpresa, que fiquei imóvel. Apenas olhando para ele.

---- Mamãe! Mamãe vem! A Valentina gritou atrás do Lucas e saiu correndo de novo. Como o Lucas estava de costas, não deve ter o reconhecido, se não com certeza iria abraçá-lo.

---- Eu tenho, tenho que ir. Eu falei nervosa. Meu coração parecia que ia sair pela boca.

---- Depois a gente pode conversar?! Ele perguntou

---- Claro! Podemos! Eu tenho que que ir atrás da Valentina.

---- Nos falamos depois. Ele sorriu. Que saudade que estava daquele sorriso...

---- Ok. Eu dei um sorrisinho de lado e saí.

Virei no corredor e estava quase sem ar. Meu Deus, Meu Deus! A Luna estava certa mesmo. O Lucas voltou e nada mudou. Eu sorri com a mão no peito sentindo meu coração acelerado.

Voltei para dentro do templo. Avistei a Valentina sentada do lado da Luna. Já estava na hora da pregação. Passei por alguns bancos até chegar no meu e senti alguém me olhar ao passar, me virei e era o Lucas, sentado em um banco um pouco a frente do meu. Ao me ver, lançou um olhar para mim. Mas eu desviei sem graça e me sentei do lado da Luna.

---- Onde você estava? A Luna perguntou sussurrando.

Eu Fiquei em silêncio, olhando o pastor que começava a pregar. Minha cabeça estava tão atordoada. Passei a mão pelo colo da Luna, pegando minha bíblia e abri o texto em que o Pastor mandara abrir.

---- Amiga, está tudo bem? Sua mão está muito gelada. Ela falou segurando a própria.

---- O Lucas voltou. Eu sussurrei.

---- O que? Ela falou num tom alto e eu dei um pisão no pé dela.

---- Ai! Não precisava disso. Ela resmungou baixo.

---- Mas eu te disse, eu te avisei. Mas você não ouve é uma teimosa. Onde ele está? Ela falou baixo.

---- Bem ali! Eu fiz com a cabeça para frente.

---- Ual! Está lindo eim. E ainda está olhando para cá.

---- Para Luna. Assunto encerrado. Vamos prestar atenção no culto. Eu falei e paramos por ali.

Estava me sentindo tão mal, mas mal conseguia prestar atenção no culto. O que me deixava inteigada é por ele estar aqui na igreja. E ainda assistindo o culto... Isso parecia até sonho.

Será amor?!Onde histórias criam vida. Descubra agora