Vergonha II

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                       SÁBADO 11:29

Meu travesseiro estava quente demais. E ele se mexia demais. Tentei me virar, para achar uma posição mais agradável, mas alguma coisa me segurava. Despertei. Meus olhos percorreram o peito dele até a sua face. Parecia dormir sereno. Mordi meu lábio não sabendo o que fazer. Afastei seus dedos entrelaçados na minha cintura e me afastei dele. Deitei de barriga para cima o mais longe possível de Penetrator. A cama de casal parecia ser pequena demais para nós dois, porque mesmo eu estando na beirada da cama podia sentir seu calor. Olhei para o teto, mordendo o lábio. Ele conseguiu o que queria. Eu tentava achar uma desculpa para o que tinha acontecido, mas apenas aconteceu porque eu estava com vontade. Não tinha palavras para explicar. Eu não achava nenhuma palavra que pudesse explicar. Aconteceu. Meu corpo correspondeu ao seu toque e foi totalmente diferente de quando eu estava com Jonas. Eu não sei. Parecia que nunca era suficiente. Eu queria mais e mais. E só o pensamento já me deixava com rubor.

Eu não aguentava mais aquele calor insano que estava no meu quarto. Levantei. O friozinho fez eu perceber que eu havia dormido totalmente pelada. Eu nunca havia dormido pelada com Jonas. Sempre pegava a blusa dele para dormir. Mas, acho, que dormir nua não foi tão ruim. Na verdade... eu estou confusa. Estou tentando assimilar a minha noite com o Chris com as que eu já tive com Jonas. Nada se assemelha. Jonas mexia comigo com medo de me quebrar e Chris, simplesmente, me pegava com vontade de me quebrar. Parecia que ele queria quebrar o cofrinho para ver o quanto tinha lá dentro.

Tropecei em um do vans dele. Foi aí que percebi as roupas espalhadas por tudo quanto é lugar. Minha calcinha cuequinha vermelha estava longe. Ele deve ter jogado com muita força. Com vontade dela estar longe. O piso frio do banheiro me paralisou por um segundo. Abri o chuveiro no mais quente o possível. Queria poder esquecer o que havia acontecido. Meu corpo não queria. Desejava que enquanto eu estivesse ali, ele pegasse suas coisas e fosse embora (ou não). Queria que ele apenas se desse como satisfeito e nunca mais me procurasse. Posso mentir para mim mesma?

Meus olhos estavam fechados e eu sentia a água cair. Meus olhos estavam fechados enquanto ele botou suas mãos encontraram a minha cintura. Continuei de olhos fechados. Medo. Vergonha. Seus lábios começaram os beijos suplicantes pelo meu corpo de novo. Saudade. Do meu colo até meu pescoço. Ele encaixou sua cabeça na curva do meu ombro e me abraçou. Parecíamos um quebra-cabeça. Ficamos ali abraçados enquanto a água quente caia sobre nós. Me permiti abrir os olhos. Vi sua pele bronzeada. Arrepiada. Sem meu consentimento, meus lábios beijaram seu ombro. Funguei seu perfume. Senti seus lábios em minha pele novamente. Enquanto ele subia lentamente até minha face eu engoli seco, tentando conter o gemido. Por último ele beijou meu nariz. Não me beijou nos lábios e se afastou. Olhava para mim. Parecia querer ver todos os detalhes. Engoli em seco novamente. Desci minhas mãos pela lateral do seu corpo e o segurei levemente na sua cintura. Seus braços em volta de mim. Ele sorriu. Sonolento. Passou a língua pelos lábios. Esticou a língua e passou nos meus lábios. Abri um pouco a boca e ele sugou um dos meu lábios com vontade.

- Eu não sei o que falar. - deu um selinho em mim
- Por que você está sem o gesso? - que pergunta hein Eva? Meu deus! Devia ter uma plateia me aplaudindo. Ele fez uma careta e se afastou um pouco de mim. Tirou seus braços em volta de mim por um segundo. Depois pareceu pareceu estar arrependido e me agarrou com mais força.
- Não podia te agarrar com aquilo. - sussurrou no meio da água e eu revirei os olhos. - Aquele gesso impediu o nosso beijo quando você foi dormir lá em casa. - eu ri/bufei.
- Eu impedi.
- Ok, ok. Você não queria nada comigo. - levantei uma sombrancelha - Aliás... você não quer. - ele me deu um selinho.
- Não quero nada com você. - me aproximei e mordi sua orelha. Algo ficou muito feliz lá embaixo. Me voltei para olhar sua cara. Ele sorria safado. Fuckboy. Seus braços desceram. Suas mãos pegaram minha bunda e agarraram. Parecia um gato esfomeado. Sua boca atingiu a minha. Ele não estava mais com sono. Estava com vontade. Uma das suas mãos puxou uma coxa minha para cima. Eu puxei seu cabelo. Fui empurrado contra o piso gelado da parede e arfei.  Meu pescoço foi devorado pelos seus beijos quentes. Suas mãos me levantaram até eu estar no seu colo, com a parede de apoio. Eu. Estava. Vulnerável. Minha armadura tinha sido bombardeada de novo. Minhas pernas abertas deixaram ele se encaixar de novo em mim. Ahn! Foi a vez dele gemer. Dançávamos em sintonia. Quanto mais eu queria. Queríamos. Mais forte em bombardeava. Tiro. Ahn! Tiro. Ahnn! Tiro. Revirei os olhos e puxei ainda mais ele para mim. Canhão. Minha respiração. Não havia ar. Puxei todo ele para mim. Chris parecia um vampiro sugando meu pescoço. Puxei seu cabelo para ele me olhar. Seu olhar faminto. Meu olhar faminto. Mordi seu lábio. Apertei ele para mim. Bomba nuclear.
- Meu deus! - ele desceu a gente até sentarmos no chão. A água caia nas suas costas e respingava em mim. Continuei cavalgando. A guerra ainda não tinha acabado. - Mais rápido Eva. Por favor... - ele suplicava e eu correspondia - Hmmmmm! - ele soltou fogos de artifício. A batalha havia acabado. Sua mais ásperas me puxaram para ele e me beijou com vontade. Seu beijo era... era... Estava diferente. Melhor. Sem gosto de vodka. Eu podia ficar beijando-o ali o dia todo. Toda vez em que eu me afastava um pouco algo fazia eu mudar de ideia. Meu corpo começou a se mover de novo. Sem meu consentimento, lá estava eu cavalgando para mais uma batalha.

Fuck the Shame - SKAM (*CONCLUÍDA*)Onde histórias criam vida. Descubra agora