Quando você perceber.

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16:48

ainda chovendo forte

- Ele ligou pra mim, disse que recebeu uma carta da minha vó. - quem mandava carta nesta década? Apenas a vó magnata de Chris - Nela, tinha toda a verdade sobre a minha vida. Quer dizer, sobre a nossa. - Chris brincava com meu cabelo enquanto conversávamos sentados no sofá - Primeiro eu fiquei sem reação, mas depois ele começou a dizer que queria me conhecer melhor e que agora estava vivendo no Havaí - arregalei os olhos e ele sorriu - Ele meio que foi expulso da família por causa do Amish e começou a rodar o mundo, tentando achar seu lar. Aparentemente, só minha vó sabia sobre ele.

- Você vai para o Havaí? - minha boca estava seca.

- Então, - ele me deu um selinho rápido - Aaron falou que sofreu com a morte da minha mãe, e ao menos, conseguiu ver ela num túmulo. E antes de morrer, ela ligou para ele, passou uma lista de lugares que queria que ele conhecesse por ela.

Chris pegou o romantismo da sua mãe, certeza.

Tudo aquilo parecia muito clichê para mim, eu ainda não entendia o porquê dela não ter deixado tudo para ficar com quem amava realmente.

Ou, na verdade, ela amava Amish e não Aaron, mas sentia um carinho muito grande por ele, até porque eles tinham um filho juntos.

Muito confuso.

E eu decidi que só me importaria com Chris, o que a nossa relação menos precisava era de confusão, porque sua vida sem mim já era conflituosa.

Segurei seu rosto com uma das minhas mãos e fiz carinho na sua bochecha.

- Ele nunca teve coragem de fazer isso, então agora é o momento perfeito, segundo ele. Podemos nos conectar, nós 3, de alguma forma.

- Hmmm. - saiu sem querer com meus pensamentos duvidosos.

- Sei que é loucura, - sorriu para a minha cara de dúvida - E eu não sei o que eu quero pra minha vida, tipo profissão, então achei bom. Quer dizer, tem você aqui...

- Mas eu nunca deixaria você encoleirado por minha causa. - sorri fraco e ele forte.

Nossa relação era algo que eu sempre esperei.

Havia confiança, não 100%, mas havia suficiente. Havia compreensão.

E era isso que eu queria para nós. Não éramos o tal de perfeitos, mas eu queria alcançar isso e eu sentia que ele também queria. Então era o suficiente.

- Eva, - ele estreitou os olhos e apertou meu rosto com as mãos - Você quer ser minha namorada?

Estávamos no mesmo livro, na mesma página, na mesma frase, na mesma linha.

- Porra! Você acabou de falar que não podíamos, mas... Caralho, eu quero. - sorri forte - Quero, eu quero ter um rótulo com você. Pelo menos agora. Se depois você quiser desfazer...

- Foda-se depois. - e ele encaixou a mão na minha nuca e me puxou. Me beijou. Sua outra mão desceu para a minha bunda, com a outro indo logo em seguida para o mesmo lugar, me levantando e fazendo eu ficar em seu colo.

Nossas línguas, melhores amigas, dançavam lentamente, se sentindo, quente.

Eu podia ouvir meu coração batendo forte e a respiração pesada de Chris. Podia sentir suas mãos firmes apertando minha cintura enquanto eu não conseguia deixar minha mão parada em um só lugar pelo o seu corpo.

Um raio soou, mas eu não me assustei.

Estava focada demais nele.

Tentando exalar todo o sentimento que eu tinha por ele, me esvaziando. Mas logo eu estaria quase transbordando de novo e de novo.

Fuck the Shame - SKAM (*CONCLUÍDA*)Onde histórias criam vida. Descubra agora