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notas. 

Olá, eu sou Monni e esse é o segundo livro da série, o primeiro livro vocês podem encontrar bem aqui: https://m.buenovela.com/book_info/31000021300/Fantasa/A-Guerreira-Negra-?shareuser=24063320&ch=apps 

Ou podem entrar na bio do perfil onde encontrarão o link!


Desejo uma boa leitura a todos!


(...) 



Às vezes, chegamos a um ponto de nossas vidas que paramos e perguntamo-nos os motivos de certos acontecimentos, a causa deles e a origem daquela onda de "azar".

Muitos dirão sobre escolhas e consequências, e estão certos. Ações trazem consequências. Outros rebaterão com a ideia do Destino, do nada é por acaso. São questões a se discutirem, teorias a se defender.

Mas para ela, não foi bem assim.

Ela não teve a chance de escolha, não escolheu um caminho como aquele, no entanto, recebeu as consequências pesadas por algo que ela não teve culpa. Seria então o Destino? Se sim, havia cumprido seu papel durante vida, mas por que então ela continuou viva depois de tudo?


Seu corpo morreu durante a primeira batalha da guerra dos quatro ventos, mas por algum motivo ela estava ali, viva.


Suas memórias anteriores são como borrões assustadores que a perseguem por todo caminho e não há nada o que fazer.

Ninguém faria nada, por quê?

Ela não tinha ninguém, ninguém se lembraria daquela que deu sua vida em um sacrifício.

Destino ou não, escolhas ou não, ela havia renascido e nas veias, sangue Trindad corriam vorazmente carregando o legado dos lobos.

Um novo ciclo começou, a história da segunda guerreira se inicia agora.


(...)


A única coisa que a escuridão trazia naquele momento eram soluços sôfregos, ora aumentando, ora diminuindo com o passar do tempo. O choro se assemelhava de uma criança pequena, difícil de identificar já que ao mesmo tempo vozes altas sobressaiam aos soluços pedintes.

O que era aquilo?

Estavam maltratando uma criança?

Bem mais do que isso, infelizmente.

O fim havia chegado antes mesmo de a criança poder de fato começar algo.

Por que ela teve um destino tão cruel como aquele?

No ápice daquele estranho momento, as palavras soaram mais altas. E de repente o mundo se calou, um único som seguiu alto, cobrindo todos os outros ruídos. Eram batidas rápidas que foram acelerando quando algo aconteceu e mesmo sem saber o que ocorria, ela reagiu.

Calma criança, logo não sentirá nada — aquelas palavras fizeram-na se remexer em agonia, querendo sair daquele aperto que lhe machucava tanto. E naquela posição, erguida para cima, ela só conseguia enxergar a Lua no céu, observando aquela atrocidade sem poder fazer nada.

O movimento da criatura mudou sua posição, podendo enfim encarar aquela que lhe fazia mal. Era assustadora.

E por incrível que pareça, ela não enxergou maldade. E como poderia? Era só uma criança, uma recém-nascida!

O choro cessou por segundos quando ela foi colocada no chão, mas retornou quando suas costas eram machucadas pelas pontas da pedra de sacrifício.

Amedrontada, ela encolhia seu corpo, varrendo o espaço com seus olhinhos molhados e curiosos, por fim, encarou a figura sorridente à sua frente.

Algo lhe chamou a atenção, era um objeto longo e fino, refletia a luz da Lua encandeando as orbes peroladas da criança.

Nem percebeu o movimento da besta ao erguer o braço acima da cabeça, abaixando com extrema violência.

Ela sentiu algo sair de dentro de si, além daquela coisa quente e pegajosa, além dos seus gritos falhos, era sua vida que escorria pelo chão.

Era o fim?






A Guerreira da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora