Capítulo 33

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Capítulo: Norte                     sem revisão

narrado por:

' M A Y A '

É

como uma avalanche

Eu me sinto soterrado

Porque o peso é como as mãos ao redor do meu pescoço

Eu nunca tive uma chance

Meu coração está congelado

E eu sinto que estou pisando em gelo fino

Avalanche, BMTH

(...)

Sinto mãos no meu pescoço, o aperto está tão forte, minha consciência vacila em dúvida, ficar acordada ou permitir a escuridão tomar conta?
Os dedos frios rodeiam o meu pescoço, dedos finos e longos, as unhas perfurando a minha pele com força, o sangue começa a escorrer e o grito fica preso dentro de mim.

Eu não posso morrer.

Não posso.

Não posso...

Meu corpo levanta abruptamente na cama, foi um sonho... Apenas um sonho. Meus olhos vagam pelo quarto em busca de uma pista, procurei saber mesmo se estava viva ou ainda presa no meu sonho conturbado. O alívio veio quando senti Katherine se mexer na cama.

Suspirei, acariciando meu pescoço olhando a pequena que dormia calmamente.

Estranhei ao ver que Matth não estava no quarto, tomei cuidado para levantar e não acordar minha bebê e andei lentamente até a sala.

Matth estava sentando no sofá, sentado com as pernas entrelaçadas e olhos fixos na parede, olhos opacos e desligados.

— Matth — chamei-o, mas ele nem deu atenção — Matth, tudo bem?

Silêncio.

Franzi o cenho me aproximando do garoto, toquei seu ombro direito, levei um susto quando o corpo dele balançou e quase caiu no chão.

Ele está dormindo?

— Matth, Matth acorda! — sacudi seus ombros com mais intensidade tomando cuidado para não machucar o menino. Ele parecia estar em transe, muito profundo por sinal.

— ᴍᴀᴛᴛʜ! — falei um pouco mais alto e finalmente o garoto acordou, me olhando assustado.

— Maya... — buscou-me com as mãos, juntei as sobrancelhas em dúvida, sentei ao seu lado e logo senti seus braços circularem minha cintura, retribui o abraço ainda confusa.

— O que aconteceu? acordei e você não estava na cama, e quando chego na sala você está olhando pro nada como um sapo.

Seus olhos me fitam ansiosos, uma de suas mãos toca meu pescoço com leveza, arrepio por lembrar do sonho que tive.

— Levantei pra beber leite e sentei no sofá, mas eu não sei bem o que aconteceu... De repente eu estava em outro lugar, preso em uma caixa de vidro cheio de água e-e — suspirou cansado, dando continuidade — Uma mulher estranha veio e colocou um negócio na água e ela ficou verde depois ficou normal...

— Nossa... Que estranho Matth — resmunguei acariciando seus cachos.

— Não é só isso... Vi um homem bem pálido e pensei que ele estava passando mal, mas caiu no chão... Acho que ele morreu...

— Acho que você precisa parar de assistir tantos filmes desse estilo...

— Não, Maya! — falou mais alto — Foi bem real, até apareceu uma mulher chamada Lith, aquela moça que você falou, ela tava chorando... Ela dizia: Meu irmão, meu irmão, Olff não morra! Foi bem estranho, porque Olff não pode morrer, ele é água.

A Guerreira da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora