Capítulo 12

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Capítulo : Maira

- Liberte-se,
Os deixe sair,
Não os vê?
Se olhe no espelho,
E irá ver todos os seus
Demônios...-

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'D E S C O N H E C I D O'
[N Ã O  T Ã O  D E S C O N H E C I D O]
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Soltei um grunhido mais parecido com um rosnado ao ver a maldita criança em minha frente, com seu sorrisinho ridículo.

— O que diabos está fazendo Minna? Enlouqueceu totalmente sua criança doente?! - Gritei quase descontrolado, usando meu último pingo de paciência.

Não acredito que aquilo estava acontecendo!

Não está feliz com a minha visita?  - Ignorou minhas falas rindo sarcástica.

— Feliz? Feliz eu estaria se você estivesse morta sua peste maldita! - rosnei irritado passando meus dedos entre meus cabelos, mas parei e fitei a garota que gargalhava loucamente.

— Esse gostinho eu não irei te dar,  afinal eu já estou morta - Resmunguei alguns palavrões ao ver seus olhos risonhos, ela estava certa,  ela estava morta.

Assim como eu.

— Me diga o que quer e suma da minha frente e deixe Maya em paz!

Disse me sentando no sofá mais duro que concreto do barraco, depois que Maya havia desmaiado em meus braços eu a coloquei deitada no quarto, então Minna apareceu,  para a minha infelicidade.

— Sabes que eu não posso falar não é?

Dei de ombros, podendo ou não,  ela iria falar.

— Não me interessa,  quero saber o que você quer com ela.

Senti os olhos de Minna me fitarem como se pudesse ver o meu interior, então sorriu.

— Tenho um trabalho pra fazer.

Disse sugestiva.

— Detalhes Minna,  quero detalhes.

— Preciso livrar a criança do seu passado.

Resmungou.

Arqueei uma sobrancelha enquanto ela sorria de um jeito doentio. Temi por pensar nas possibilidades de Minna, sentia o que viria ao lembrar o passado de Maya.

— Você mais do que ninguém sabe as cicatrizes dela, Dimy.

Ronsei frustrado por ela estar certa.

Maya precisava ser "remendada", precisava superar suas dores.

— Mas não é só isso...

Ergui meu olhar para fitar o semblante da garota.

— O que tem mais?

Ouvi seu suspiro.

— O futuro dela me preocupa. - suspirou pesado, algo de bom não viria. — Maya foi dada à um sacrifício,  Gautti não a deixou completamente, muito menos Pedro...

A Guerreira da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora