Capítulo 18

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Capítulo: Casarão Delavultt pt.2

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Faziam quase três horas que eu estava dirigindo e ouvindo esses dois idiotas cantarem tudo o que passava no rádio.
Também fazia duas horas que os dois lá atrás haviam acordado e pareciam estar bem desesperado.

Segundo Dimitri e o GPS, faltavam poucos quilômetros para chegarmos no casarão.

Vire à direita

Franzi o cenho ao ouvir a mulher do GPS e virar a direita e entrar numa estrada de chão.
— Dimitri, tem certeza que é esse o caminho? – Indaguei confusa.

— Acho que sim – Fechei os olhos respirando fundo.

COMO UMA PESSOA DÁ A IDEIA DE IR PRA CASA DOS OUTROS E NÃO SABE O CAMINHO?

PELOS DEUSES, NÉ?

— Como assim você acha seu imbecil? – Quase rosnei, passando num buraco que meu Deus, quase fui jogada pra fora do carro.

Nem um pouquinho exagerada.

— CUIDADO MAYA! – Aish, esse povo que fica duvidando da minha capacidade profissional no volante.

— OW, VAI COM CALMA AÍ, VAI QUEBRAR AS MINHAS UNHAS!

Ouvi os gritos da mulher lá no fundo.

Pronto, era o que me faltava.

— AH FICA NA TUA, SE ABRIR O BICO PRA FALAR ALGUMA COISA, EU PARO ESSE CARRO E ARRANCO TODOS ESSES SEUS APLIQUES DE QUINTA, SUA PUTA! – Gritei impaciente, olhei para os lados onde o Dimy e o Matth me olhavam estranho. — Que foi?

Eles responderam um "nada não", e se calaram.

A estrada estava uma bosta, parece que tinha chovido, e os buracos estavam cheios de lama, o que dificultava minha passagem, depois de alguns minutos podia se ver as primeiras chácaras e fazendas aparecem distantes do pasto.

— Hm... É bem alí Maya! – Dimitri apontou na direção de algumas árvores, a estrada tinha acabado e agora andávamos pelo mato seguindo as trilhas que deixaram alí. — Logo depois... o casarão fica dentro de uma fazenda, acho que dos parentes deles, sei lá...

— Casarão Delavultt...– Murmurei pensativa. — Já ouvi falar desse casarão...

— Provavelmente pela sua mãe... – Dimitri me fitou.

— Não tenho mãe – Resmunguei fria.

— Não? – Matth indagou surpreso.

— Não tenho mãe, muito menos família.

Depois disso, ninguém falou nada, já estávamos bem perto da casa, ela era bem velha e bem grande.

— Precisamos esconder esse carro. – Digo ao estacionar o carro perto de uma árvore na frente do casarão.

— Eu dou um jeito nisso. – Dei de ombros com a fala de Dimitri.

A Guerreira da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora