Capítulo 2

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Boa leitura 💙

- E mais uma vez, me faço através de sonhos...-

O choro estridente daquela criança chamava a atenção, era alto, agoniante...

A luz brilhava muito, dificultando a visão turva daquela mulher, ela havia dado a luz.

Ela só sorria, sorria levemente, parecia estar perdendo as forças.
E sim, ela estava.

O médico falava algumas coisas para mulher, mas ela apenas o olhava com olhos vagos.
O choro da criança entrava de longe em seus ouvidos, a mulher estava perdendo os sentidos.

— Maira! Maira me ouça, foque em mim, não feche os olhos...!

Mas a mulher não estava ouvindo, ela focava o resto de seus sentidos no choro desesperado da criança.

— Meu filho...— sussurrou piscando melancólica.

O médico sorriu então, triste mais sorriu, a mulher não iria aguentar muito.

— Filho não Maíra, filha é uma menina!

A mulher sorriu, o que pareceu uma careta.

— Filha?— falou quase inaudível.

— Sim... Veja sua menina Maíra!

O médico então pegou a pequena, toda ensanguentada por conta do parto difícil.

— Oh..., Como é bela...!

Levantou sua mão pálida, acariciando o rosto da recém nascida.

— Como vai...?

Bi...bi... biiiiiiiiiiiii

A máquina começou a apitar fazendo a criança e o médico se assustar.

— senhor! Ela está tento uma emorragia* interna.

Para mulher, tudo ficava lento, os olhares direcionados a máquina que fazia um barulho irritante, os enfermeiros pegando sua filha e a levando para longe, o que a fez se desesperar.

— Ma-Maya!

Disse em tom alto, se esticando para pegar a menina que chorava,sendo levada para longe.

— Se acalme Maíra! Logo, logo estará perto de Maya!

O médico falou confiante.

Mas não, Maíra não iria resistir, ela não iria ver mais sua Maya...

[...]

A garota acordará de mais um sonho sem sentido algum.

Maya depois de ter saído do grande mundo sobrenatural, onde passará oito anos atrás das grades, na prisão infernal, mais conhecida como colégio militar/prisão para alguns seres poderosos.
Havia dormido em alguma casa mundana abandonada.
Acordou tendo mais um sonho embaçado com imagens tortuosas e nomes mal entendidos.
Bom ao menos um era mal entendido.

Maíra...

Quem era Maíra?
O que tanto fazia em seus sonhos?
Por que morria, em todo final?

— Droga!— sussurrou ao estralar seus ossos, e se levantar do chão, da onde havia dormido.
Andando até o banheiro da casa, se olhando no espelho arregalando os olhos para sua imagem no espelho.

— Yeow!

Fez cara de nojo ao tirar uma camisinha usada de seu cabelo branco.

— Sério isso?— fez careta jogando o preservativo fora.

A Guerreira da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora