Grata e hipnotizado

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Stiles estava com o rosto afundado no cabelo ruivo cheiroso, a respiração calma e tranquila, completamente entregue à boa noite de sono.

Lydia não sentia medo, não estava sozinha. Inconscientemente ela entrelaçou os dedos com os de Stiles, que ainda pairavam perto da cintura onde a mesma havia deixado antes.

O peitoral masculino coberto estava colado nas costas de Lydia, as cinturas estavam próximas o suficiente para Stiles sentir o quanto Lydia era bem desenhada naquele pedaço do corpo.

Antes que o despertador tocasse, Stiles acordou. Desordenado, inalou a fragrância do cabelo comprido imediatamente. Cheirava à rosas, era viciante.

Stiles percebeu o quão perto de Lydia estava, observou os dedos entrelaçados com um toque sutil. Infelizmente, ainda era sexta-feira, os dois tinham aula e Stiles sabia que teria que ir pois já estava melhor e havia treino aquele dia.

Decidido a levantar e preparar o café, ele se ergueu no braço com a mão livre mas não resistiu quando olhou mais de perto.

Linda...

Lydia estava com os lábios rosados levemente inclinados para frente, o cabelo no alto do travesseiro deixava a mostra o pescoço descorado e fascinante.

A respiração estava calma e o rosto exibia uma tranquilidade única. Sem perceber, ele sorriu para si mesmo admirando.

Como eu nunca reparei antes como ela é bonita?

Foram anos e ele nunca percebeu, Stiles se xingou por aquilo. Aos poucos, a escuridão abandonava o quarto e o sol começava a transluzir o céu escuro lá fora.

Decidido, com cuidado Stiles abandonou os dedos de Lydia, deixando a mão parada e solitária. Com discrição saiu da cama sem fazer barulho.

Foi ao banheiro, voltou e observou novamente Lydia.

A ruiva parecia tão calma e tranquila, o tórax relaxado subia e descia aos poucos, a respiração era inaudível.

Droga, ruiva...

Stiles nunca esteve tão confuso a vida inteira. Meses atrás, ele odiava tanto Lydia, só pensava em transar com ela.

Agora, ele não entendia porque se importava tanto com ela se até mesmo antes dos pais viajarem ele ainda negava completamente a mínima aproximação.

Odiou se sentir daquela maneira, odiou não entender o que ela tinha de diferente e pior, odiou a si próprio por não entender o que sentia.

Se ele estava apaixonado, como lidaria com aquilo? Como mostraria para ela?

Stiles não entendia, mas se bombardear de perguntas logo cedo era a pior coisa que ele poderia fazer consigo mesmo.

Se virou e saiu do quarto sem fazer barulho.

...

Stiles esperava o café coar quando a campainha tocou, foi as pressas a porta e abriu, Scott sorriu.

- Bom dia princesa. – Ele disse enquanto entrava na casa e fechava a porta atrás de si.

- Bom dia meu amor. – Scott e Stiles riram um do outro, adoravam quando se apelidavam.

Com agilidade, Stiles terminou de coar o café e colocou a garrafa no balcão, logo em seguida os dois se sentaram.

- Acho que já consigo dirigir. – Stilinski disse enquanto se servia.

- Não quero arriscar, amanhã você vai sozinho.

Stiles assentiu e Scott também serviu uma xícara de café para si.

Consequências de uma paixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora