Temporal

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Jackson Whitemore

Eu odeio esse lugar, essas pessoas daqui.

As paredes são velhas e ásperas como o cimento que raspa o meu pé no chão. Os sapatos que me deram são desconfortáveis, por isso prefiro não usar, mesmo que doa.

Esses homens daqui são nojentos, não fazem nada além de fumar e falar merda o dia inteiro.

Eu tenho tanto nojo deles que meu estômago dá voltas dentro de mim todas as vezes que sou obrigado a olhar para alguns desses fantasmas daqui.

Eu escuto vozes.

Normalmente elas falam ao mesmo tempo, mas já estou acostumado.

Elas gritam em minha cabeça, me deixando zonzo e confuso com tudo em minha volta. Acabo arrancando alguns tufos de cabelo da minha cabeça quando o nervosismo fica insuportável, mas tudo bem, não dói.

Passo a maioria do tempo sentado no canto da cela, é mais fácil do que ter que ficar ouvindo esses imbecis que estão aqui comigo.

Eles fedem como carne podre, como se tudo dentro deles estivesse morto. Eu odeio sentir isso!

Como se não fosse nojento o suficiente, sou obrigado a compartilhar o banheiro com esses imundos.

Não acredito que estou passando tanto tempo atrás dessas grades, tudo por causa de um simples julgamento.

Que porra! Meu pai tem todo o dinheiro do mundo para pagar essa merda e me tirar daqui, não entendo porque está demorando tanto!

Tudo por que aquela vadia da Lydia me colocou aqui, junto com o filho da puta do Stiles.

Eu queria poder bater nos dois, quebrar os ossos dos corpos e sentir o choro junto com todo o desespero.

Sorri comigo mesmo, sentado no canto da minha cela como sempre. Dei uma risada divertida presenciando as lembranças me invadindo.

Lydia chorando, suplicando, rendida ao meu toque, desesperada por mim.

É uma vagabunda, mas eu adoraria me enfiar nela. Ela é gostosa, cheira bem, e consegue me excitar da maneira que eu mais gosto.

Invejo o nojento do Stiles por isso.

Ele está fodendo a ruiva, gozando nela, a torturando e se deliciando como eu desejava fazer.

Eu queria prender os pulsos dela, talvez usar mordaças, ou melhor, chicotes... mordi meu lábio inferior, me deliciando com a imaginação fértil.

Pelo menos isso eu podia fazer aqui. Pensar, o dia inteiro.

Queria bater naquela bunda grande, fincar meus dedos na carne das coxas até que sangrassem. Ela é muito gostosa, eu foderia tudo nela, qualquer buraco possível daquele corpo.

Dei uma nova risada, sentindo meu corpo relaxar com o desejo que sentia. Quando eu sair, irei fazer isso.

Assim como também irei me vingar do filho da puta do Stilinski.

Eu odeio aquele garoto desde o primeiro momento que olhei para ele.

É insuportável a maneira que as mulheres se jogam em cima daquele paspalho. Ele não tem merda nenhuma de especial, muito pelo contrário.

O cabelo moreno e oleoso é mal cuidado, exatamente igual as mãos secas e sujas que ele tem. Os dentes são amarelos e nojentos como ele, e principalmente quando ele sorri, todos conseguem perceber os defeitos.

– Whitemore! – Alguém gritou do outro lado da cela.

Ergui os olhos, procurando atrás das grades quem estava ali me chamando. Não consegui ver ninguém, e me levantei aos tropeços indo para a grade, ignorando o que os outros falavam.

Consequências de uma paixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora