capítulo 2

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-Senhor, o que faremos com Louis?Ele não pode ficar definhando para sempre

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-Senhor, o que faremos com Louis?
Ele não pode ficar definhando para sempre...

A porta se abre, e a voz de Connor, um dos meus homens de confiança, ecoa.
Cuidadosamente termino de me servir de uma dose de whisky, bebendo. Em seguida, miro o homem, e até penso em lhe oferecer uma dose, mas antes que tenha a chance a minha sala é novamente invadida.

-Senhor, preciso da sua assinatura nesses relatórios. -Lysa, a minha secretária, diz.

A minha cabeça lateja, e sou capaz de sentir a tenção presente em cada poro do meu corpo, enquanto observo as figuras tão distintas em minha frente.
Connor, em vestes casuais, mantém a face séria e os ombros rígidos, já Lysa, totalmente formal, ostenta um leve sorriso. Tão diferentes, mas igualmente indispensáveis para Migueis diferentes. O ilícito e o lícito.

-Elimine, Connor. -Mando, e mais do que depressa ele sai. Especialmente satisfeito em cumprir está ordem. -Deixe os relatórios, Lysa. Venha pegá-los depois. -E ela também se vai, deixando-me só.

Cerro os punhos, e observo os novos machucados nas junções dos meus dedos. Eles já não sangram, mas o meu paletó permanece manchado, sequer tive a chance de trocar.

Bufo, e ando até estar de frente para a imponente janela, que me oferece uma bela vista... Há muito tempo deixei de prestar atenção nos contratos espalhados pela mesa, agora somente espero.

19:45h.

O expediente encerra em exatos 15 minutos, percebo, mas isso não é importante.
Eu não preciso realmente esperar.
Eu mando aqui. Posso sair e chegar a hora que bem entender, mas não o faço. Arrisco dizer que sou o funcionário mais pontual, mas hoje não. Hoje eu mereço uma excessão.

Todo o meu ser pede por uma bebida forte e amarga.

E um corpo quente e macio.

As responsabilidades sobre o meu ombro não condizem com a minha idade. São um fardo pesado que não posso deixar de carregar, mas isso não quer dizer que não posso esquecê-las por um tempo.

Imperium é a minha pílula da amnésia.

Adentro o clube, e pela primeira vez no dia, um sorriso verdadeiro surge em meu rosto. Este é o meu lugar, o paraíso. Aqui estão reunidos os meus maiores vícios. Mulheres, bebidas, e o crime, é claro.

Imponente, como há muito tempo fui ensinado a ser, caminho lentamente pelo lugar em direção a área vip. E lá que as coisas acontecem, e onde eu definitivamente quero estar.

No lounge, um ambiente antes do meu destino, uma mulher se aproxima, e prende-me em seus braços. A intimidade com que me trata dá a entender que já nos conhecemos. Ou não. Ao menos eu, não me recordo.

Estou sempre acompanhado de mulheres, na maioria das vezes não sei nem os seus nomes, elas parecem não se incomodar com tal fato, e eu tenho coisas mais importantes para me preocupar do que saber o nome de quem vou passar a noite.

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