capítulo 16

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Era real, mas eu daria tudo para que a cena a minha frente não passasse de um tenebroso pesadelo

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Era real, mas eu daria tudo para que a cena a minha frente não passasse de um tenebroso pesadelo.

Era demais pra mim.

Os meus olhos assistiam vidrados, desesperados por qualquer sinal de recusa. Eu não podia acreditar que aquilo era consensual. Que Sophia agarrava outro homem por livre e espontânea vontade. Mas era essa a verdade. E tudo ficou claro quando ela me sorriu.

Não o seu sorriso. Não o que eu estava acostumado. Esse foi diferente.
Desdenhoso, cruel.

Ainda buscava entender, quando vi que ela não estava mais onde deveria.
Nem ele. Prontamente ignorei o homem que me abordará. Eu não tinha tempo para ele. A minha atenção estava totalmente em outro alguém.

Não havia empecilhos. Todos saiam da minha frente como se pudessem sentir a fúria que emanava de mim. Nem mesmo quando soube da traição de Dylan fiquei tão possesso, parecia que toda raiva que já havia sentido, estava concentrada num único momento.

Rapidamente cheguei do lado de fora e tive a visão dos dois. Não, eles não pararam o que haviam começado.
Sophia estava de costas, e o infeliz com as mãos em suas costas, descendo cada vez. Apossando-se do que era meu. O meu peito se contorceu em agonia, e eu não aguentei mais me manter omisso.

—Miguel! Você está louco?
—Com um único puxão os afastei.
Fiz menção de ir para cima do homem, mas Sophia tomou a frente. —Você não tem nada a ver com isso.
Vai embora! —Gritou, totalmente descontrolada. Imediatamente quis lhe dar uma lição, mas somente disse, calma e pausadamente:

—Não saio daqui sem você.

—Eu vou com ele, Miguel!

Ela estava o escolhendo.

Constatar tal fato fez o que já estava doendo, sangrar.

—Ouviu, não ouviu, cara? Se manda, antes que eu te arrebente!

A ameaça soou como uma piada. Não me afetou, mas eu não toleraria tamanha ousadia. Puxei Sophia para trás do meu corpo, e desferi o primeiro soco. Atingi o estômago, ele gemeu, e para minha surpresa recuperou-se rapidamente, tentando revidar. Desviei facilmente, e dei outro soco, dessa vez na cara. Ele caiu.

Me mantive em posição, mas o grito estridente de Sophia me distraiu, e o bastardo conseguiu me acertar. A dor foi mínima, mas o meu orgulho foi ferido, e eu decidi que era a hora de acabar com aquela palhaçada.

Comecei uma série de golpes em seu tronco o desnorteando, e o fazendo cair. Já no chão o atingia no rosto. Tanto a cara dele, quanto a minha mão jorravam sangue, mas eu não estava nem aí, só queria bater mais e mais. Os sons externos que parecia estar no mudo, começaram a me atingir e eu passei a ouvir os berros da mulher que causou toda aquela confusão, e logo suas mãos tentando me afastar a todo custo do homem caído.

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