capítulo 11

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Indecisa, olhava de forma aflita para a porta do lado esquerdo do quarto

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Indecisa, olhava de forma aflita para a porta do lado esquerdo do quarto.
Havia acordado há pouco tempo, e não encontrado Miguel ao meu lado na cama. O chuveiro ligado indicava que ele só poderia estar ali, e eu tinha uma decisão a tomar.

Entrar ou não entrar, eis a questão?

Ultrapassar aquela barreira significava muito mais do que poderia parecer, e eu não sabia se estava preparada. Afinal durante toda a noite passada, enquanto ele me levava para um mundo novo, eu percebi que não havia mais jeito. Eu tinha me entregado de corpo e alma pra ele sem nem me dá conta.

Tal constatação me tirou o chão completamente. E eu admito que quis sair porta a fora sem nem olhar para trás. Eu sumiria, e ele jamais poderia me encontrar. Esse fato, ao contrário do que imaginei, não me deixou feliz, e sim num estado de quase pânico.
Eu definitivamente não queria isso.

Eu queria o Miguel, e tudo que viesse com ele.
Eu queria a liberdade inquietante que ele me fazia sentir.
Eu queria o prazer que só ele me proporcionou.

Lentamente, deixei o lençol branco que me cobria cair, e dei passos curtos, alcançando a maceta.
Sem nenhum barulho, adentrei o cômodo, e o vi.
Os olhos fechados, e o corpo nu parcialmente embaçado.

Arfei, e não consegui desviar os olhos.
Olhei minuciosamente cada detalhe, e quando alcancei seu rosto novamente, percebi que ele me fitava. Corei, mas me mantive firme. Um leve sorriso despontou pelos seus lábios, e sem nenhum receio ele também me analisou. O meu coração batia forte, e a minha intimidade pulsava loucamente.

—Gosta do que vê? —Num fio de voz, questionei. E para meu total desespero, ele não disse uma só palavra. Absolutamente nada.
—Gosta?

—Vem aqui.

Cerrei os olhos, e pendi a cabeça para o lado levemente. Ele não iria me responder? Será que não havia gostado?

Miguel...

—Vem aqui, Sophia.

E eu fui. Ergui a cabeça, e entrei no box. Não mais olhava para o seu corpo, agora, somente os seus olhos eram o meu foco. Portanto, quando fui puxada bruscamente, arfei surpresa. Miguel encostou-me na parede, e cobriu o meu corpo com o seu. Fechei os olhos e gemi, assim que notei a pressão contra a minha barriga.

—Isso responde a sua pergunta?
—Sussurrou, e como se já não fosse o suficiente nos aproximou ainda mais.
—Você está sentindo? Esse é o tamanho do meu desejo por você...

O beijo que se seguiu foi como todos os outros que já trocamos até então.
Intenso, e voraz. Puxei os seus fios molhados, e ele esmagou a minha carne entre os seus dedos.

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