capítulo 1

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Londres pulsa

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Londres pulsa.

É noite de sexta feira e o estabelecimento mais famoso do centro da capital inglesa está lotado. Homens e mulheres, jovens e velhos, todos em um único lugar. Em busca de uma única sensação: prazer.

Imperium é sinônimo de liberdade.

Aqui não há barreiras, nem preconceitos. O clube de swing é conhecido - e amado, por ser flexível.
Não há regras, somente restrições, que são quase sempre ignoradas.
Para muitos, é o paraíso na terra.

E como o verdadeiro, o acesso é quase impossível. Os clientes são seletos.
E em sua grande maioria famosos, portanto celulares e quaisquer aparelhos eletrônicos não são permitidos. A segurança é rígida, e tudo é confiscado na entrada. Há menos, é claro, que se apresente o cartão dourado. Ele é como um passe livre, e dá total liberdade ao portador.

Aprumo a postura e dou passos confiantes até a entrada, ignorando totalmente a pequena fila que se forma. Percebo alguns olhares atravessados, que logo se tornam surpresos, quando ergo, entre os dedos, o meu passe livre.

O cartão extremamente chamativo e luxuoso, exibe em letras pretas e cursivas o nome da dona.

O nome escrito não é o meu. Afinal eu não sou famosa tampouco faço parte da elite Londrina. Sou só mais uma entre milhares. Isla Davies não, ela é filha de um magnata, cujo rosto quase nunca foi visto.

Diferente de todos eu não estou aqui essa noite em busca de diversão. Eu estou trabalhando.

Há uma semana fui contratada para conseguir alguns documentos que Tobias Hank, o proprietário, está de posse. Prontamente aceitei, afinal esse é o meu trabalho. Pegar e entregar, e infelizmente para ele, eu nunca falho.
Não se engane. Não sou ladra, e sim oportunista. Utilizo dos meus atributos em benefício próprio. Ao meu ver, isso não é crime. É o meu meio de sobrevivência.

—Senhorita Davies? —Os olhos cerrados do segurança não me intimidam, há muito tempo deixei de temer.

—Sim... —Arrasto os olhar pelo seu corpo, e sorrio quando encontro o que procuro. —Não me reconhece... Carl?

Dou alguns passos, e fico há poucos centímetros de distância do seu rosto.
A sua respiração se altera, quando a minha mão acaricia o seu rosto. Sorrio.

—Desculpe senhorita... Não lembro-me da senho...

—Gosto de você... É tão forte!
—Mordo os lábios, e como num passe de mágica, o tenho vidrado em cada mínimo movimento meu.
—Tão viril. Um verdadeiro homem!

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