capítulo 10

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O meu primeiro contato sexual com um homem foi precoce

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O meu primeiro contato sexual com um homem foi precoce. Ou melhor, traumático.

Isso me marcou. Causou uma ferida que até hoje está aberta, e sangra.

Eu era jovem demais para lidar com tal situação, e como já era de se esperar, não fiz as melhores escolhas.
A primeira delas foi uma promessa.
Jurei a mim mesma que nenhum homem jamais voltaria a me tocar.

Isso me protegia, mas não curava o que estava quebrado em mim. Eu sentia medo, e passei a enxergar todos os homens como o motivo da minha dor. Estava presa, mesmo livre.
Portanto, num ato desesperado decidi por fim a tudo isso.

E foi assim que a Oportunista Ortiz surgiu.

Diferente de mim ela não temia o toque. Ela o almejava, pois isso significava poder, controle. Ela não fugia, e sim, corria atrás. Diferente de mim, ela não era limitada a uma simples vítima.

A Oportunista Ortiz esteve com muitos homens. Ela se deixou ser beijada, alisada, apalpada...  E por vezes quis ir contra tudo que acreditava, mas a Sophia nunca permitiu. Inconscientemente eu ainda esperava por alguém que me fizesse almejar ir adiante, que um comichão surgisse no meio das minhas pernas ao pensar, que me fizesse queimar de desejo. 

Então, o Miguel apareceu. Ele, sozinho, conseguiu quebrar todas as paredes que demorei anos para construir. Sem nem se esforçar, ultrapassou todas as minhas barreiras.
Abriu brechas, e se infiltrou em mim de um jeito impossível de consertar.

Agora éramos como fogo e gasolina, uma explosão quando juntos.
Dois corpos famintos, que precisavam ser saciados. Não havia mais jeito.

—Te quis por tanto tempo...

—Agora você me tem... —Envolvi o seu rosto com ambas as mãos, e fitei os seus olhos escurecidos. —O que vai fazer?

As batidas erráticas do meu coração eram a sinfonia do nosso momento.
Sentia o desespero me tomar. Eu queria tudo que ele pudesse me dar, e eu queria agora.

Vou fazer valer a pena. —Sussurrou, ficando por cima e me beijando de um jeito que jamais experimentei.

Era como uma vela numa sala escura, iluminando coisas que nem sabia que existiam em mim, despertando sensações desconhecidas, e levando-me para um mundo novo. O do prazer.

Enquanto ele me devorava comecei a passar as minhas mãos pelo seu corpo, descobrindo caminhos, primeiro de forma tímida, mas logo arrisquei-me a passar minhas unhas em sua pele, de forma não tão leve assim. Percebi que gostava de fazer isso, e os gemidos baixos que ele deixava escapar, só me incentivava.

Agarrei os seus cabelos e os puxei, o que o fez intensificar o beijo enquanto arrastava suas mãos pelo meu corpo, por toda a parte. Os seus dedos pareciam gelados, em comparação a minha pele que queimava. Arquei as costas, quando repentinamente o senti agarrar a minha cintura com ambas as mãos. Ele deixou a minha boca, e passou a distribuir beijos e mordidas pelos meu pescoço. Os gemidos me escapavam com muito mais frequência, e cada vez mais altos.

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