capítulo 47

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—Senhor, seu telefone!

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—Senhor, seu telefone!

A voz de Dorothy soou no escritório, atraindo a atenção de Miguel, Tomás e Leonardo que se reuniram ali há alguns minutos. Miguel franziu o cenho, achou ter dito a ela que não queria ser incomodado.

—Diga que estou ocupado. —Mandou, não tinha tempo para atender ninguém. Estava acertando os últimos detalhes para finalmente poder ir atrás de Antony.

—É a Sophia senhor, tem certeza?
—Perguntou a governanta, duvidando que o seu menino fosse mesmo dispensar a noiva.

E ela não poderia estar mais certa. Como se tivesse dito as palavras mágicas, Miguel largou tudo que fazia para pegar o celular. Não esperava uma ligação dela, na verdade tinha certeza que iria precisar implorar para que conversassem. Pelo jeito estava errado.

—Meu amor? — Chamou, e por um momento tudo que ouviu foi a respiração dela. —Está tudo bem?

Não... —A voz sussurrada o fez se levantar, e o coração acelerar.
Aos poucos, todos saíram da sala para dar privacidade ao casal.

—O que aconteceu? —Questionou, já imaginando os piores cenários.

A minha mãe. —Falou, ainda mais baixo que antes. —Esteve aqui...

Tudo que Miguel conseguiu pensar foi no porquê. Ele avisou que ela não deveria procurar a filha. Na verdade, ele tinha pago para que ela ficasse longe, mas pelo visto a mulher não entendeu o seu aviso amigável.

—O que ela queria, Sophia?
—Perguntou, não conseguindo fazer a sua voz sair tão mansa como planejou.

—Noticias de Oscar. —Respondeu, torcendo o nariz quando falou o nome. —Eu só não entendo como ela me achou...

Miguel suspirou, de início tinha achado melhor não pertubá-la com aquela história, mas agora via que talvez tivesse cometido um erro em não lhe contar o que havia feito.

—Ela já havia me procurado antes.
Negociamos.  —Disse de uma vez, levando a mãos até a cabeça. Sabendo que levaria uma bronca das grandes.

Vocês o que?

—Negociamos. Eu lhe dei dinheiro para que ficasse longe de você.

A vontade dele era de dar a mulher um destino parecido com o de Oscar. Mas achou melhor não tomar uma atitude tão drástica. Imaginando que a mulher ficaria satisfeita com a gorda quantia.

Eu não acredito que fez isso pelas minhas costas! —Exaltou-se Sophia, fazendo as máquinas que monitoravam seus batimentos trabalharem mais rapidamente. —Ao menos pretendia me contar?

—Achei que tinha resolvido a situação... Não queria te incomodar!

Pois não resolveu. E agora ela está me ameaçando! —Berrou, furiosa. Pelo jeito Miguel tinha tirado o dia para fazer tudo errado. E ela não poderia dizer que estava paciente ou compreensiva.

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