capítulo 27

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O primeiro passo foi dado

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O primeiro passo foi dado.

Agora não tem mais volta, pensou Miguel. Ele havia começado, e não pararia, até que não houvesse mais nada de Antony para ser destruído. Seria cirúrgico em suas ações e planejaria cada detalhe, tudo para que Antony só se desse conta do que acontecia, quando fosse tarde demais.

Quando as suas finanças estivessem arruinadas, os seus negócios falidos, e os seus homens em minhas mãos. Tiraria tudo dele como ele fez comigo anos atrás.

No entanto, isso não aconteceria da noite para o dia. Tinha consciência de que a pressa é inimiga da perfeição, e não podia aceitar menos que isso na minha vingança. Teria que ser paciente, calculista. Esperar o momento certo de agir.

Portanto, decidi forcar-me em outro assunto que vinha roubando o meu sono. O trabalho para o qual contratei Sophia estava chegando, e eu não tinha a mínima ideia do que fazer. Tanto coisa aconteceu entre nós dois desde aquele dia... A única certeza que eu ainda possuo é a que não a quero em perigo, nem que precise arrumar outro jeito de conseguir o que tem naquela festa.

—O que você tanto pensa? —Sophia questionou intrigada. Havia saído do banho há vários minutos, e Miguel não parecia notar que ela esteve em sua frente todo o tempo, tamanha concentração.

Miguel suspirou, em dúvida se contava ou não o que o afligia. Se por um lado queria protegê-la, no outro não queria esconder nada. Por fim, tomou a decisão mais sábia. Decidiu-se pela verdade.

—A festa está chegando. —Disse somente, e não foi preciso mais detalhes para que ela entendesse do que ele falava, e abrisse um grande sorriso animado.

—Está? —Questionou empolgada.
—Mas já não era sem tempo!

—Você não vai.

Um balde de água fria.

O sorriso dela morreu imediatamente, e acabou por franzir o cenho, confusa.
O que ele estava dizendo?

—Como assim? Não foi para isso que me contratou? —Perguntou, e Miguel pensou no que dizer. Nem ele mesmo estava se entendendo, então não sabia o que dizer para que ela o fizesse.

—Foi. Mas muita coisa aconteceu desde então. Não te quero envolvida nisso. —Arregalou os olhos, quando Sophia deu um pulo da cama, olhando-o indignada.

—De novo isso Miguel? Vai continuar querendo me excluir da sua vida?
—O tom de voz aumentou, a medida que ela começou a gesticular.
Miguel também levantou-se, bufando. A raiva dela era infundada, e o deixou levemente irritado.

—Não é nada disso, Soph. Não tente virar as coisas. —Falou nervoso com o rumo que a conversa estava tomando, não era nada daquilo.

—E o que é então? Me explique, porque eu realmente não estou entendendo. —Exasperou-se, não conseguia acreditar que ele a queria fora. Depois de tudo que passou por conta desse maldito trabalho, ele não podia simplesmente dispensa-la. Ele estava louco se achava que sim.

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