capítulo 21

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Amar, enlouquece

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Amar, enlouquece.

Não, isso não é uma mentira ou um fato inventado. E eu, Sophia Ortiz, posso provar. Afinal, tenho vivido e sentido na pele os efeitos desse estranho sentimento.

Nesses poucos dias, que sucederam o acontecido da academia, me vi no meu limite, completamente enfurecida. Por motivos de: O Miguel ficou paranóico. De uma hora para outra, e sem nenhum motivo aparente, tudo se tornou um perigo para mim.

O meu trabalho, que eu achei já ter sido um tema superado, voltou a provocar discussões intensas entre nós dois.

Connor e Carter já não eram mais suficientes. Miguel queria uma equipe de cinco homens. CINCO malditos armários no meu encalço. Me seguindo para todo e qualquer lugar que eu ousasse ir.

É óbvio que eu me recusei.

E é óbvio que ele não foi capaz de respeitar a minha decisão.

Eu não o reconheci naquele momento.
Parecia fora de si, e disposto a qualquer coisa. Até mesmo passar por cima do que tínhamos combinado anteriormente.  Então, eu fui embora. Num descuido de todos, sai sem ser vista, e me hospedei no primeiro hotel que encontrei. Fechei todas as janelas e desliguei todos os meus aparelhos eletrônicos. Eu só queria um momento de paz.

Algum tempo longe de toda a sua carga.

Naquela tarde, me recusei a sentir qualquer coisa. Culpa, medo, raiva, preocupação... Tudo ficou para fora.
Tive horas de puro silêncio, e a noite mais agitada da minha vida.

Pouco tempo depois de escurecer, levantei da cama sobressaltada. Batidas fortes na porta me assustaram. Eu sabia quem era, e estava a sua espera. Mas isso não me fez menos temerosa.

Abri a porta, e somente depois de morder os lábios nervosamente, o olhei. O suspiro de espanto escapou instantâneamente.

Miguel estava em completo desalinho.
A sua camisa social branca estava amarrotado, e úmida em certas partes. O seu cabelo totalmente diferente do habitual, e o seu rosto...
Molhado. Ele parecia ter subido os 20 andares a pé. Enguli em seco.

—Precisamos conversar... —Foi o que disse, sequer abri a boca.

Ele entrou, e tomou conta de todo o espaço. Quando se virou pra mim, parecia cansado.

—A minha vontade é de gritar com você. Gritar e te sacudir até você entender que o que fez é errado.—A sua voz era baixa, no entanto, afiada como uma navalha. —Mas você não é uma criança, Sophia... Sabia o que  causaria, e fez mesmo assim!

—Miguel...

—Isso me faz pensar que você não leva a sério o que temos... Que não se importa comigo. —O meu coração se apertou, e lágrimas tomaram os meus olhos. —Tem noção do que me fez sentir?

Sim, eu podia imaginar. E isso me fazia pior. Eu tinha prometido... E na primeira oportunidade fugi como uma covarde. Agora, tinha medo que esse erro causasse uma ferida incurável no nosso relacionamento recém começado.

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