capítulo 12

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—Então, Albert

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—Então, Albert... Fez boa viagem?
—Impulsionei o corpo para frente, e questionei o motorista extremamente silencioso. Mas ele sequer abriu a boca, somente acenou em concordância, fazendo-me murchar.

A viagem de volta até então estava sendo um completo tédio. Desde a nossa pequena "discussão" Miguel não me dirigiu mais a palavra, e agora ocupava seu tempo atendendo ligação atrás de ligação.

Quis gritar e me espernear, mas ao invés disso, comecei a estalar a língua no céu da boca. A minha intenção foi alcançada com sucesso, e não satisfeita também passei a batucar na janela do carro. Ele me olhou de soslaio, e logo afastou o celular do ouvido com uma expressão impaciente.

—Dá para parar com isso? Está me incomodando! —Questionou, a voz baixa e autoritária. Um sorriso maroto surgiu nos meus lábios, e eu não demorei a responder.

—Não.

Perto do Miguel toda a minha maturidade parecia sumir, e eu tornava-me uma criança birrenta e teimosa. Comecei a estalar cada vez mais alto, feliz por ter conseguido toda a sua atenção. O celular agora jazia desligado sobre o seu colo.

—Eu disse para parar.

—E eu disse que não. —Mandou, um pouco mais alto que antes, e eu retruquei no mesmo tom. Vendo-o abrir o cinto de segurança com uma rapidez impressionante, e se aproximar de mim. Imediatamente tentei me afastar, mas estava presa pelo meu.

—Então presumo que terei que dar outra ocupação para a sua boca.

O beijo que se seguiu não era mais desconhecido.  Envolvíamos as línguas como se fizéssemos isso a anos, e mexíamos as mãos em sincronia. Passei um dos braços pelo seu pescoço, e apertei seu corpo ainda mais contra o meu. Miguel arfou.

E tornou tudo melhor quando puxou-me para o seu colo. Nós beijávamos com loucura, e gemidos escapavam incansavelmente pelos nossos lábios.
O meu corpo parecia pedir pelo seu, e eu sabia que jamais me cansaria de nada que viesse desse homem. O seu calor, gosto e toque tornou-se minha necessidade constante.

Uma trilha de beijos no meu pescoço me fez fechar os olhos, mas um sacolejar anormal do automóvel me fez quase pular de choque já que lembrei-me que um carro não anda sozinho.

—Albert. —Sussurrei alarmada, mas Miguel sequer se exaltou. Puxou uma espécie de controle, e com um único clique nos isolou. A certeza de privacidade tornou os toques mais íntimos e os sons cada vez mais altos.

A viagem passou de entediante para muito bem aproveitada.

***
Saímos do carro aos tropeços, e assim seguimos pelo curto caminho. Miguel não parecia disposto a tirar as mãos de mim, e eu muito menos. Havia brincado com fogo, e estava ansiosa por me queimar.

Um oito, Sophia! Sério? —A sua voz soou incrédula.—Eu não admito isso. Portanto, saiba que do meu quarto você só sairá quando me disser um dez. Rouco e falhado, pois acabarei com você.

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