André pov's
Acordei, sentindo o estômago a roncar, recordando que não havia jantado na noite anterior. Viro-me para o lado e vejo que a Eduarda ainda dormia e tu era tudo bem real. O seu corpo estava coberto pelos meus lençóis apenas, aproximei-me mais dela e depositei um beijo na sua bochecha para a acordar.
- hm... André... - ela refilou, afastando a minha cara - Quero dormir! - tapou-se com os lençóis e virou-se para o outro lado.
O problema é que estávamos na minha cama de solteiro em casa dos meus pais. Ora, não era muito grande. Bastou virar-se um pouco, para se desequilibrar e cair da cama abaixo!
- Eduarda, estás bem?! - perguntei, debruçando-me para encontrar a minha namorada caída sobre o tapete.
-Ótima, só cai da cama mais nada! - Ela diz ironicamente dando-me vontade de rir.
Tentei conter umas gargalhadas. Ela puxou o lençol para si enquanto se levantava. Estendi a minha mão para a ajudar, com grande dificuldade para não rir.
-Ri-te lá! - Ela diz notando e mandou a almoçado contra mim rindo-se.
- Ai, Eduarda! Não me batas! - gargalhei, fingindo estar aflito.
-Mariquinhas! - Ri-me.
Ela continuo a acertar-me com a almofada
- Ai! Ai! Ajudem! - gritei tentando parar de rir.
- André Miguel! - Ela ri-se. - Não sejas maricas! Não aguentas levar com uma almofada? - Gargalhou fingindo que acreditava.
- É muito pesada e depois dá me uma dor aqui no peito! - gemi fingido de dor, brincando.
-Onde? - Ela pergunta aproximando-se. - Aqui? - Fez pressão no peito, provocando de seguida com um beijo no pescoço.
- Sim... É, aí mesmo! Dói, dói tanto! - concordei, gostando do beijo que ela me dera. - É uma dor! Uma dor insuportável!
Ela volta a beijar o meu pescoço diversas vezes e olha-me nos olhos.
-Já passou? - Ela pergunta mordendo o lábio.
- Não sei, dona enfermeira... Se calhar, é preciso mais uma dose do medicamento - respondi, atrevido.
Aproximou-se de mim olhando-me intensamente e beijou-me os lábios descendo de seguida ate ao pescoço lentamente.
- Eduarda... - suspirei, mergulhando as mãos no cabelo dela.
Com alguma força empurrei-a. Era suposto eu ter ficado por cima, mas o balanço foi demasiado, acabando por me atirar a mim próprio de nariz ao chão. Desde quando é que o chão do quarto era tão duro!? Meu pobre nariz perfeito!
- A vista daí de baixo como é? - a minha namorada perguntou, provocativa, gozando com a minha queda aparatosa.
-Agora já te ris! - Digo e puxo-a pelo braço e ela cai em cima de mim.
- Ai! André! - ela gargalhou em cima de cima. Levantou-se e foi até ao meu guarda-roupa. Vi-a tirar uma sweater minha, que lhe assentava que nem uma luva, como um vestido. Ela colocou o capuz da sweater na cabeça e puxou o cabelo para a frente.
Sorri, sentando-me no tapete do quarto. Ela era tão bonita, com aquele brilho luminoso nos olhos, aquele sorriso aberto e adorável. Era perfeita e eu estava completamente apaixonado por ela!
- Amo-te tanto - murmurei, apreciando a sua figura esbelta que se observava ao espelho da porta do roupeiro, distraída.
- Eu também te amo, André - encarou o meu reflexo no espelho, sorrindo. Depois, virou-se e baixou-se à minha frente - És o amor da minha vida! - declarou, unindo os nossos lábios.
- André, filho, vem cá abaixo, por favor! - a voz da minha mãe ecoou pelo quarto e automaticamente, a Eduarda afastou-se de mim, atrapalhada.
-Vou já mãe! - Gritei.
Agarrei a mão da Eduarda e descemos até à entrada.
A minha mãe parou-me na base das escadas, ao meu que eu estava só de boxers e t-shirt. O olhar dela estava tremido e o semblante estava fechado, carregado de preocupação.
- André, estão ali... Inspetores da PJ para falar contigo - ela contou quase num sussurro.
-A polícia? - A Eduarda perguntou alarmada.
-Calma Eduarda, vai ficar tudo bem... - Beijei a sua testa e fui vestir algo.
-André... Tenho medo... - Ela confessa abraçando-me muito forte.
- André! - o Afonso apareceu, alarmado - E agora? Tu vais preso!?
- Porque é que ele havia de ir preso?! - a minha mãe inquiriu, assustada.
-Afonso, toma conta da mãe e da Eduarda se algo me acontecer. - Abracei-o.
-Não te vai acontecer nada... Não pode...
-Afonso, promete...
-Prometo... - Ele diz finalmente.
-Alguém me explica o que se passa? - A minha mãe falou. - Eduarda? Porque estás a chorar, querida?
- André... - ela ignora as perguntas da minha mãe e abraça-se a mim - Não quero que vás preso! Não é justo! Eu vou falar com a minha mãe e arranjar um advogado! Eu... não te quero perder!
-Shhh... Nunca me vais perder Eduarda! - Digo abraçando a rapariga que chorava compulsivamente. - Eu prometo!
- André... Por favor, fala comigo! O que é que se passa! - a minha mãe pedia em pânico.
- Mãe, tem calma... - o Afonso abraçava-a.
A Eduarda chorava no meu peito e eu não sabia o que fazer.
-Temos de ir. - O agente da polícia chama a nossa atenção.
-André... Não me deixes... - Ela chorava e não me queria largar.
-Tenho de ir princesa... - Digo, afasto-a um pouco de mim e beijo-a.
-Eu depois explico mãe... Adoro-te... - Digo à minha mãe.
O Afonso agarra a minha namorada que queria vir atrás de mim e abraça-a reconfortado-a enquanto eu era levado pela policia. Olho uma vez mais para trás e vejo a Eduarda ajoelhada no chão abraçada ao Afonso. Sinto um aperto enorme no coração ao ve-la assim.
Dois dos agentes levaram-me algemado para o carro e ajudaram-me a entrar. Na minha cabeça corriam mares de pensamentos. O que me vai acontecer?
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Eu e a kissing_Brad_a_lot gostávamos imenso de agradecer a todos os leitores e leitoras que acompanham a nossa história e todos os comentários positivos que têm feito! Ficamos muito felizes que gostem do nosso trabalho! Esperemos que continuem a seguir a história do André e da Eduarda que ainda tem muito para surpreender!
Até breve! Beijos enormes! 😘😏❤️