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Entramos no carro e seguimos até à escola da Rosa, ao aproximar-me vejo-a a saltar alegremente com os seus amigos até ver o carro da mãe e dirigiu-se à beira do portão abanando a mão no ar. Estacionei o carro ali perto e saímos os dois, caminhando em direcção ao portão.

-DRÉ! - Ela grita e corre até mim de braços abertos.

Levanto a pequena colocando-a ao meu colo. Sendo envolvido num abraço apertado de seguida. Olhei a Eduarda que sorria abertamente perante o gesto da nossa filha.

- Dré! Tlinha saludlades tuas! - a pequena gargalhou, beijando a minha bochecha.

-Também tinha saudades tuas princesa! - Sorri e retribui o seu gesto, beijando a sua bochecha carinhosamente.

- Mamã... Vileste com o Dré! - a pequena sorri feliz, estendendo os bracinhos à Eduarda

A Eduarda pega a Rosinha ao colo e coloca a mexa de cabelo solta atrás da orelha da pequena beijando a sua bochecha de seguida.

-É verdade meu amor, gostaste da surpresa? - Perguntou ela.

- Shim, gostlei! - assentiu, com um sorriso traquinas - Dré, vlens pla calsa colmiglo e com a mamã?

-Eu estava a pensar irmos lanchar os três fora, que achas pequena? - Pergunto sorrindo.

- Slhim, shim! Eu quedo um glelado! Plosso comler um glelado, mamã?

-Podes sim! - Ela coloca a Rosa no chão.

-Vamos embora então? - Pergunto abrindo o carro.-Shim! Shim!

- Ela diz alegremente vindo até mim de mão dada com a Eduarda e agarra a minha mão puxando-nos para o carro.

A Eduarda coloca a pequena na cadeirinha e entra depois do carro. Ela sugeriu que fôssemos a uma esplanada na praia, visto que até estava bom tempo.

Conduzo até lá ouvindo com muita atenção a reguila da pequena a contar o que tinha feito durante o dia.

-Dré, o Fonso? - Ela pergunta brincando com a sua boneca.

- O Afonso também tem escola, sabes? Então, ele tem aulas... - contei - E depois, ia ter com uma amiga dele... Por isso não pode vir, mas mandou-te um beijinho!

-Já chegamos! - A Eduarda informa.

-Posho il ve o male? - A pequena pergunta agitadamente.

- Primeiro, lanchamos... depois, eu levo-te lá - propus - As meninas pequeninas não podem ir ao pé do mar sozinhas...

-Estlá bem!

Estaciono o carro e saímos em direção à esplanada onde noa sentamos enquanto esperamos que alguém venha atender-nos.

-Mamã, quelo uma tlosta! - A pequena aponta para o cartão. -Posho?

- Está bem, comes um bocadinho da minha. Não tens fome para aquilo tudo, Rosinha... - a Eduarda disse - Vais querer um sumo? - pergunta também

-Shim! De lalanja! - Responde sorrindo.

Um empregado aproxima-se da nossa mesa e fazemos os pedidos. Depois de lancharmos, saímos os três para o areal. Descalcei a pequena e peguei nos seus sapatos para que esta pudesse brincar à vontade.

Ela corria alegremente pela areia, com um sorriso enorme e contagiante, ela estava feliz. A Eduarda estava atenta a cada movimento dela, sempre preocupada. Agarrei a sua mão e caminhamos assim até beira mar. Peguei a mão da Rosa que já se encontrava junto de nós e levei-a a molhar os pés.

Complicated | André Silva Onde histórias criam vida. Descubra agora