Uma rajada de vento invadia o quarto e seu assobio quebrava o silêncio absoluto do quarto. Até alguns minutos atrás as coisas não estavam assim...
"Espera!" Eu gritei e interrompi os exames que Daniel fazia em mim. "Então você é um vampiro de duzentos e trinta e cinco anos? E Amanda também?"
"Na verdade eu tenho duzentos e dois anos..." A garota esclareceu.
"Você quer ficar calma, eu ainda nem consegui aferir sua pressão corretamente." Daniel disse me repreendendo.
"Na verdade, devido os fatos apresentados, Lana nem parece tão assustada assim..." Amanita apontou.
Ania concordou com a cabeça e disse.
"Isso é verdade, a dois dias atrás você teve um colapso... O que mudou sua mente?"
Sim, eu fiquei inconsciente por um dia.
"Bem, eu tive uma conversinha com a minha mãe e meu pai... E Daniel salvou minha vida ele e Elena... Onde ela está?"
"Melhor você... Conversar com ela depois, espere ela se acalmar... Tudo isso foi difícil para ela." As palavras de Daniel fizeram meu coração afundar.
"Sim, Elena se importa muito com você!" Amanda disse com um aquele sorriso cheio de vida que ela tinha.
"Certo..." Respirei fundo enquanto Daniel guardava seu material . "Posso começar meu interrogatório agora?"
"Não. Seu corpo e mente ainda estão reagindo ao..." Essa pausa, que escancarava algo que eles estavam tentando me esconder, trouxe a minha primeira pergunta.
"Como vocês me salvaram?" Levantei minha blusa na procura de alguma cicatriz no meu quadril, nada. "Por que eu não tenho uma cicatriz?" Não iria mais perguntar sobre Ryan, não me importava mais onde ele estava, eu tinha três vampiros, uma lobisomem e é uma bruxa para me preocupar.
"Certo. Eu explico." Amanita manifestou-se depois de alguns longos segundos de silêncio. "O sangue de um vampiro é tóxico para lobisomens e o contrário também. Mas para humanos o sangue de um vampito pode curar ferimentos externos. E você, apesar de ser humana agora, tem o genes de um lobisomem..."
"Agora?" Olhei para Ania assustada.
"Não se preocupe eu vou explicar tudo. Você não tem o que temer, ainda é humana e eu pretendo manter assim, é algo completamente controlável!" Minha prima disse segurando minha mão de maneira protetora.
"Continuando... Nós não sabíamos os malefícios do sangue de um vampiro no seu organismo, mas Elena não poderia te deixar morre..."
"Então Elena me deu seu sangue e isso curou meu ferimento?!"
"Sim." Ela respondeu.
"Mas você sentiu dor e ficou um dia inconsciente..." Daniel acrecentou.
"Isso é a coisa mais louca que eu ja ouvi! E o pior é que eu acredito..."
Amanda riu e Daniel a acompanhou. Ainda havia muitas outras perguntas mas o Dr. Daniel, me obrigou a ficar de repouso o resto do dia.
Ania me prometeu voltar mais tarde e me contar tudo. Então eu fiquei sozinha no quarto e comecei a repassar tudo em minha cabeça e em pouco tempo tudo se encaixou, Elena estava sentindo-se culpada!
Levantei-me rápido da cama e imediatamente me senti tonta. Tornei a sentar.
O diagnóstico de Daniel foi perfeito.
"Certo é só ir com calma."
Mais uma vez levantei da cama e devagar caminhei até a porta. Esperava ter que descer as escadas e procurar sorrateiramente pela pousada, mas isso não foi preciso... Quando abri a porta ela estava lá.
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Infinito - Livro I
Teen FictionO mundo é muito mais vasto e extraordinário do que nós somos capazes de imaginar. Coisas inacreditáveis estão escondidas bem de baixo dos nossos narizes. E Lana Davis, uma jovem de dezenove anos, acaba descobrindo que está inteiramente ligada a este...