Capítulo Vinte e Um

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É impossível determinar o momento em que seu mundo vai a desmoronar, tudo que você pode fazer é assistir e o mais importante... Não entre em pânico, acredite em mim esta é pior coisa que você pode fazer.

Quando entrei na biblioteca estava quase fazia se não fosse por Ania e Lauren sentadas na mesa mais distante da porta. Me aproximei devagar enquanto elas cochichavam algo aparentemente sério.

"Oi, sumida!" Lauren foi quem falou primeiro.

"Olá Lana! Achei que você tinha me abandonado ou só arrumou uma companhia melhor?" Ania perguntou com um sorrisinho sugestivo, claramente referindo-se a Elena.

"Não... Eu..." Droga, Lana! Não seja mole! "Eu vim porque quero a verdade!" Joguei os diários de Damon em cima da mesa e Ania nem piscou, na verdade ela me olhou com pena e Chega de joguinhos, eu quero saber tudo sobre minha mãe, esse segredo já me torturou demais!"

"Lana, calma." Lauren pediu enquanto eu encarava Ania que fitava o vazio calada.

"Calma nada, eu já esperei tempo suficiente! Eu não quero mais..."

"Você quer a verdade?" Ania me interrompeu. "Sente."

Ela ordenou com um olhar duro, me senti tão amedrontada que o fiz sem pensar duas vezes.

"Primeiro, você tem que manter sua mente aberta. E confiar em mim, ok?"

Acenei com a cabeça ainda sem entender.

"O que você viu?"

Eu não compreendi sua pergunta no começo mas logo lembrei-me dos sonhos, das visões...

"O que você viu Lana?"

Sem questiona-la comecei a descrever cada um dos meus sonhos, o primeiro comigo na floresta e os grandes olhos vermelhos que pareciam me perseguir e a casa velha com o quarto de espelhos onde um grande lobo cinza me encarava. Quanto mais eu contava mais ligação os sonhos pareciam ter. Eram presságios, sinais... Como placas de transito me direcionando para este local, onde tudo começaria a fazer sentido... Ou não.

"Você já entendeu a ligação que esses sonhos têm? Eles são a via de comunicação que os seus antepassados têm para se comunicar com você! Conseguiu ver sua mãe com clareza, não foi? E Damon!" Ela perguntava e eu apenas acenava com a cabeça. "Lana, precisa entender que o sobrenatural é reale ele está ligado a você! Faz parte de quem você é, de mim, de Lauren! Eu,você, sua mãe e toda nossa família descendemos de alguém que foi moldado pelamagia que há no mundo. Temos em nossa carga genética algo que nós transforma,ao longo dos séculos pessoas como nós tiveram varias denominações, naGrécia Antiga chamavam-nos licantropo, hoje são reconhecidos como...Lobisomens."

Ela parou e segurou minha mão.

"Não, isso é... Isso é alguma piada?" Eu disse sorrindo e alternando os olhares entre Lauren e Ania.

"Lana, eu sei que parece confuso, mas você tem confiar em mim. Isso é quem nós somos!"

"Ah, claro!" Eu quase gritei levantando-me da cadeira. "Você é uma lobisomem, Lauren é um elfo e eu sou uma fada! Claro, claro que sim!" Caminhei ainda alguns passos para longe das duas.

"Lana!" Lauren me chamou e instintivamente virei para olha-la. Quase perdi o equilíbrio com o que vi a seguir: Havia uma jarra cheia de água flutuando no ar. "Eu não sei se elfos existem, mas bruxas existem, eu tenho certeza!"

"Não..." Sussurrei em choque.

De repente a jarra caiu e a água espalhou-se por todo o chão misturada com os cacos de vidro.

Infinito - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora