"O que foi?"
"Eu..." Ela me olhou com um olhar de vergonha, a sua pele pálida com um pouco de rubor. "Não quero que você pense que eu sou apressada... Queria que eu pudesse te mostrar de outro jeito que não fosse com palavras, mas eu só tenho isso." Seu toque gélido marcou meu rosto. "Lana, desde o primeiro minuto que eu te vi... No momento em que eu entrei naquele pub! Eu senti seu cheiro, ouvi sua risada, foi como se eu te conhecesse à anos... E quando você olhou para mim..." Ela fechou os olhos, imaginei de imediato que ela estava controlando o choro, mas quando ela os reabriu, eu pude sentir tudo que ela tentava me contar. Eu também tinha a sensação de que a conhecia por toda a minha vida, eu compreendia a emoção que ela sentia mas do que nunca. "No dia em que você decidiu que iria embora de Lavenham eu tentava me convencer que o melhor para você era ficar longe de mim. Mas, enquanto eu assistia você partir eu pude compreender que... Que não importa para onde você vai eu vou atras de você, eu vou estar sempre com você."
"Você foi atras de mim naquele dia?" Ela afirmou com a cabeça.
"Eu me decidi minutos depois da sua partida. Enquanto eu me deslocava, senti o cheiro de Ryan... Ele me tirou da trilha, me atrasou." Ela respirou fundo, dessa vez controlando a raiva. "Mas o que... O que eu quero dizer de verdade é..." Deus! Ela estava muito nervosa. Ela aproximou sua mão, mais uma vez, do meu rosto. Porém ela capturou o colar que, uma vida atras, pertencera a minha mãe e sorriu. "Eu queria tanto que eles estivessem aqui por você e para fazer isso da maneira correta." Meu peito inflou e o coração perdeu o compasso. Seu sorriso aumentou e olhar torno-se mais profundo que nunca. "Lana, você me daria a extraordinária honra de ser minha namorada?"
Jesus, por um segundo achei que ela estava me pedindo em casamento! Mas pesado bem, esse é o primeiro passo, não é? Namoro.
Toda essa formalidade pouco importava para mim, parecia até piegas. Mas eu teria de aceitar já que eu queria amar uma garota do seculo quatorze. Ela queria pedir permissão aos meus pais? Como se eu precisasse mesmo... Mas seria uma cena muito legal de se ver: Uma vampira pedido para os pais lobisomens permissão para namorar sua filha humana! Todo aquele suspense para me pedir em namoro e eu teria dito sim mesmo se ela me agarrasse nas escadas da pousada...
"Lana?" Oh, droga. Ela estava com uma carinha de desespero até fofa por conta da minha pausa. Ela deve ter imaginado que eu estava exitando. Como eu poderia pensar em exitar, quando, em minha mente, ela já era minha?
"Sim!" Eu disse com toda a convicção que havia em mim. "Sim, sim, sim, sim..." Só pra não deixar duvidas.
Não pude me controlar, as luzinhas em meu interior rodavam como loucas e meu coração estava prestes a explodir. Agarrei-me ao seu pescoço e seus braços me receberam de bom grado.
Cada beijo que aconteceu a seguir foi cheio de uma alegria nova, estávamos rodeadas desse novo sentimento que era tão nosso... Tinha certeza que ninguém no mundo sentiu algo assim, tão puro e arrebatador. Eu tinha certeza que aquilo era amor, só podia ser. Algo que me fazia sentir unica no mundo. Como eu pude viver tanto tempo sem te-la em meus braços? Como pude viver sem aquele amor?
Nunca mais me afastaria dela ou do nosso amor infinito.
***
"Não!" Eu gritei.
"Não? Como eu não posso jugar se nunca ouvi..."
"Não, eu não vou fazer isso." Escondi-me na curva do seu pescoço.
"Tem certeza? Nem se eu pedir por favor?"
"Não faça isso comigo!" Eu fiz minha melhor imitação de filhotinho fofo.
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Infinito - Livro I
Teen FictionO mundo é muito mais vasto e extraordinário do que nós somos capazes de imaginar. Coisas inacreditáveis estão escondidas bem de baixo dos nossos narizes. E Lana Davis, uma jovem de dezenove anos, acaba descobrindo que está inteiramente ligada a este...