- Que bela demonstração fizeram para a noiva! – A ironia de padre James embaraçou Leonard e Christopher.
- Diego colocou as mãos nela! Você sabe que ele poderia tê-la matado apertando-lhe a garganta, se quisesse.
- Eu sei, Christopher. Mas tinha a esperança de que sua esposa descobrisse aos poucos quem somos, e não desta forma abrupta.
- Dulce já adivinhou quem somos - disse Leonard.
- Há uma enorme diferença entre adivinhar e ter a verdade estampada diante dos olhos - James sentenciou.
- Onde está ela?
- Acalme-se, Christopher. Está escondida sob a mesa, com os Martin - respondeu o padre.
Christopher caminhou para a mesa e se inclinou para procurar Dulce. Encontrou-a pálida, o terror ainda estampado em sua face. O mal estava feito: agora Dulce sabia exatamente quem ele era, e só lhe restava a esperança de que a esposa o aceitasse mesmo assim.
- Pode sair - convidou Christopher, estendendo a mão. - Não há perigo.
- Seus cavaleiros destroçaram as gargantas uns dos outros - murmurou Dulce, ainda paralisada pelo medo, mas notando que seu marido seguia ileso e tão lindo como sempre.
- Não há mortos, querida, pode olhar em volta. - Ele sabia que seria inútil inventar explicações, pois Dulce era inteligente demais para se deixar enganar. Além disso, não era aconselhável iniciar o casamento mentindo. - Venha - insistiu ele, aproximando mais a mão.
Uma parte de Dulce lhe dizia para fugir correndo daquele castelo e voltar para junto dos seus, mas seu coração a fazia querer permanecer ao lado do lorde de Cambrun, que se tornara seu marido. Sem conseguir decidir entre uma coisa e outra, ela afinal aceitou a mão de Christopher e saiu debaixo da mesa. Ao colocar-se em pé, abraçou-o num impulso e recostou a cabeça em seu peito forte, como se pedisse proteção.
Sem nada dizer, Christopher também a abraçou e começou a afagar seus cabelos com suavidade.
Quando afinal se sentiu mais calma, Dulce ergueu o rosto e fitou o salão, agora silencioso, apesar de Leonard, James e outros cavaleiros se movimentarem tentando arrumar a desordem causada pela luta.
- Não era a celebração de casamento que eu tinha em mente - comentou ela ao notar que os Martin emergiam debaixo da mesa e começavam a erguer as cadeiras jogadas no chão e a recolher taças e cacos de jarros de vinho.
- Não se preocupe, minha cara, daremos um jeito nesta sujeira. - Mora tentou sorrir ao se aproximar. - Por que a senhora e o lorde não sobem para seus aposentos? Afinal, os votos de núpcias foram consumados e o brinde aos noivos foi erguido como manda a tradição. Num instante lhes traremos comida e bebida para celebrarem juntos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cavaleiro da Noite - Vondy
FanficEssa história n é minha ela é de autoria de natyvondy todos os créditos são dela Ao ser resgatada pelos homens de Christopher Uckermann e oferecida a ele como noiva, Dulce Maria Saviñón se vê dividida entre o medo e a atração por aquele misterioso...