capítulo 32

551 37 0
                                    

Christopher a abraçou pela cintura e beijou-a na face, como tantas vezes nos últimos dias, desde que a carregara para o quarto e se deitara sobre ela. Num impulso, ele beijou a veia no delicado pescoço de Dulce, resistindo ao desejo de provar o sabor do líquido vital que ali corria. Christopher a cortejava sem tréguas, e não hesitava em acariciá-la, despertando o desejo em ambos. Cada vez mais ele desejava possuí-la, estar dentro dela, e sua mente alimentava fantasias nas quais Dulce jazia nua sobre o leito e abria os braços para recebê-lo.
Dulce ronronou com suavidade quando ele lhe beijou o lóbulo da orelha. Era estranho que produzisse tal som, mas ela sempre o fazia ao ser acariciada; e este ronronar, como o de um gato, o excitava ainda mais.

Um ruído próximo, contudo, despertou sua atenção e o fez emergir do encantamento. Surpreso, Christopher percebeu que havia erguido Dulce do chão, comprimindo-a contra a parede; ela não parecia ter notado, decerto presa do mesmo encantamento que ele. Baixou-a com delicadeza e olhou ao redor para descobrir a origem do ruído, mas não havia ninguém por perto.
Eles estavam num dos compridos corredores do castelo, e apesar de não enxergar viva alma, seu instinto lhe dizia que alguém os observava há pouco. Será que os sangue-puro os espreitavam? Nada mais se passara depois da discussão com Diego e Angelique, mas sem dúvida os sangue-puro de seu clã ainda se opunham ao casamento.
- Já está pronta para dizer sim? - perguntou, notando com prazer que Dulce lutava para recuperar a compostura e se libertar do desejo que as carícias lhe causavam.
- Você é um homem obstinado! - ela sentiu o coração acelerar.
- Sou - concordou Christopher com um sorriso, antes de beijá-la suavemente nos lábios. - Mas receio que terei de continuar minha sedução mais tarde - então a soltou, e desapareceu pelo corredor.

Cavaleiro da Noite - Vondy Onde histórias criam vida. Descubra agora