capítulo 50

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Ao sentir a retração de Dulce, Christopher parou de se mover e afastou o rosto, mas permaneceu dentro dela.
- Eu a machuquei?
O contato final no qual ambos se tornaram um só corpo a machucara; mas a dor não durara mais que efêmeros segundos, e o prazer já voltava a tomar conta do corpo de Dulce.
- Uma pontada fugaz, querido. Agora, meu marido, deve me provar que valeu a pena sentir esta dor... - os olhos dela ardiam, sedentos.
Christopher passou então a se mover dentro dela, a princípio devagar; mas Dulce também se movia, e o ritmo de ambos logo cresceu em intensidade. Presos pelo imenso e mútuo desejo, os dois em breve atingiram o êxtase; e mesmo perdida na profundidade do orgasmo, Dulce sentiu o calor do sêmen de Christopher invadindo seu interior.

No instante em que liberou sua semente vital, Christopher tremeu à mercê do impulso de torná-la sua companheira eterna, como o instinto de sangue-puro lhe pedia que fizesse, mas lutou contra a vontade de cravar os dentes no pescoço da esposa, tomando a união definitiva. Ele sabia que o momento devido ainda não chegara, e apesar de lhe tocar a veia com os dentes, Christopher não a feriu.
- Você me mordeu - disse Dulce quando o êxtase começou a passar. Ao tocar o próprio pescoço, porém, ela percebeu que não havia ferimento.
Seu tom de voz não revelava temor nem alarme, o que deixou Christopher aliviado.
- Você arranhou minhas costas com suas unhas afiadas, querida!

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